quinta-feira, 15 de março de 2012

DV – ( Quarto Ato)

Quarto Ato
Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.

– Estou apaixonado por você! – Edward disse com a voz macia. Os olhos penetrando a barreira erguida por Swan e lá dentro ele viu uma garotinha assustada.
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Swan aspirou uma grande quantidade de ar em reação e foi o suficiente para engasgar. Ela tossia nervosamente, enquanto tentava respirar. A situação foi humilhante, mas uma pausa oportuna para ignorar o que Edward acabara de dizer. Seus olhos lacrimejavam e sua garganta ardia.
Edward acariciava gentilmente a base das costas de Swan. O que mostrava um homem totalmente diferente do que ela tinha acabado de transar. Sim, transar... Comer... Trepar... Foder gostoso, qualquer sinônimo desses para o ato sexual, menos a expressão fazer amor. Era ardil dele, para fazê-la pagar por ter beijado Jasper. Mas, ele não triunfaria sobre sua frágil sanidade. Que vá sapatear na cabeça de outra pessoa!
– Estou ótima! – ela deu um tapa nas mãos de Edward, o afastando. – Não toque mais em mim!
Edward lançou um olhar angustiado em direção a Swan. Realmente havia algo de muito errado com essa mulher. A forma como ela se entregava a ele, sem pudores, tão intensa. E depois quando havia a menor alusão a sentimentos amorosos, ela se retraía, ou melhor, rechaçava qualquer aproximação.
– Agora, por favor, não venha atrás de mim. Se realmente é verdade o que disse, me deixe sozinha. – pela primeira vez Edward notou que o tom de Swan estava límpido, sem sarcasmo, sem ironia. Ela estava extremamente confusa.
– Tudo bem. Mas, não pode me manter longe de sua vida por muito tempo. – nos olhos castanhos de Swan brotaram lágrimas, um pequeno fio escorreu até seu queixo. Edward sentia a necessidade de puxá-la para seus braços, dar pequenos beijos em seus olhos até que se sentisse amada.
– Você não entende... – ela disse e em seguida saiu em disparada pelo corredor.
– Me ajude a entender... – ele disse para si mesmo. As mãos se infiltrando nos seus cabelos.
Era engraçado como acontecia o amor na vida das pessoas. Vários de seus pacientes vinham até ele por razão desse sentimento conturbado. Poetas, músicos, artistas tinham diversas formas de retratar tal sentimento. Edward sempre foi um espectador. Nunca sofreu de tal mal e nunca foi abençoado com tal benção.
As mulheres para ele eram necessárias. Afinal, ele era um homem e tinha suas necessidades para serem saciadas. Porém, tudo mudou com Isabella Swan. A repórter francesa espevitada.
A primeira vez em que a viu foi na mansão de Carlisle quando ela fazia a fatídica matéria. E desde o princípio aquela mulher provocou pensamentos lascivos e desejos insanos em seu corpo. Observou furtivamente a entrevista – a forma que ela cruzava as pernas, como os lábios moviam-se carregados pelo sotaque, isso fez com que Edward tivesse uma ereção.
Depois teve que se aliviar no banheiro. Pensando naquelas pernas ao redor de seu pescoço e aquela boca aveludada chupando todo seu pau. Edward teve um orgasmo glorioso apenas ao imaginá-la enquanto se punhetava.
Mais tarde quando a bomba estourou. E a matéria teve uma repercussão negativa, cresceu a admiração no peito de Edward. Ela mostrava-se ser capaz de fazer o que fosse preciso. Edward sentia-se vingado pelas mãos de Swan.
Ele tentou refrear o impulso de ir vê-la, julgando não ser o mais sensato. No entanto, já estava a caminho do apartamento dela.
Edward fechou os olhos e lembrou-se de tê-la feito chegar ao ápice, apenas ao sussurrar em seu ouvido.
– Eu te quero, Bella. – ele teve outra ereção sozinho naquela sala. Quando abriu os olhos e se viu refletido na janela de vidro, o verde brilhava perigosamente. – Não tenho limites para te fazer minha.
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– Cadê a moribunda? – Jasper constatou ao entrar que o quarto estava vazio. Imediatamente vasculhou o quarto, com receio que Alice fizesse alguma loucura.
Ele não pensou direito e regido pelo terror abriu bruscamente a porta do banheiro do quarto. E ficou hipnotizado pela visão do corpo nu de Alice, enquanto ela acariciava a sua fina pele com uma toalha felpuda. Quando sentiu uma corrente de ar frio, ela girou o corpo, dando uma visão privilegiada à Jasper.
Ele analisou cada curva do corpo miúdo de Alice. Ela tinha a estatura de uma adolescente, mas suas formas eram de uma mulher voluptuosa. A pele era acetinada e macia, gotículas de água desciam rodeando os seios pequenos e cheios, os mamilos rosados enrijecendo sob seu olhar. Observou a barriga plana, acentuada pela cintura fina. E Jasper imaginou suas mãos a apertando e puxando para si. A intimidade era pequena como de uma criança, depilada na virilha com apenas uma linha de pêlos nos grandes lábios. As coxas roliças e as panturrilhas firmes. Jasper tinha uma tara por essa parte do corpo de uma mulher.
Alice ruborizou ao notar a minuciosa análise de Jasper. Porém, era incapaz de dizer uma palavra coerente. O olhar de Jasper aqueceu seu corpo de forma intensa, era como se toda sua vida ela tivesse passado frio.
Jasper ficou aturdido com as chamas nos olhos de Alice, chamas queimando nas órbitas castanhas. Ele cruzou o espaço que os separava com duas passadas, fechando a porta atrás de si.
– Preciso te beijar! – Jasper disse encarando a face de Alice.
Ela engoliu em seco. O desejo latejava nas veias de Jasper.
As mãos dele roçaram no pescoço dela e foram deslizando de cada lado até os ombros nus. O coração de Alice batia forte o bastante para ela se perguntar se ele não ouvia o compasso.
Uma das mãos continuou descendo pelo braço até o pulso dela, em seguida o levando ao redor dos ombros másculos de Jasper. Alice contornou os dedos na jaqueta de couro e o despiu da peça. Ela arfou ao ver os braços completamente cobertos por tatuagens.
Jasper sorriu.
A outra mão dele pegou o queixo dela em concha. Ele comprimiu sua face contra a dela.
Ele tentou beijá-la suavemente. Realmente tentou. Mas, suas intenções se desfizeram em fumaça. Havia fogo em toda parte. Seus lábios sentiam o gosto um do outro, explorando, degustando. A parede fria de azulejos bateu nas costas de Alice. Suas mãos emaranharam-se nos cabelos dele, puxando-o para si como se ainda existisse algum espaço entre os dois. As pernas se enrolaram na cintura dele, a parede fazendo o apoio necessário. A língua dela se contorcia junto à dele.
As mãos desesperadas dela agarraram o tecido da camiseta de Jasper, arrancando-a. Ela sentia os músculos do estômago dele sob as palmas das mãos.
Ele por sua vez acariciou a carne macia dos seios com as pontas dos dedos. Depois, sentiu os mamilos dela tocando seu peito, enviando padrões de fogo por todo seu corpo. Ela sentia sua intimidade palpitando, úmida de desejo, pronta para que ele a possuísse.
– Jasper, por favor... – ela balbuciava.
Ele levou os lábios até a orelha dela, sussurrando calorosamente:
– Calma! Eu não vou te fazer minha aqui. – os olhos dela umedeceram. – Posso não ser o homem ideal, mas sou romântico. E quando eu te possuir vai ser lento e prazeroso. Vou te fazer gozar de diversas maneiras.
Com aquelas palavras Alice quase chegou ao ápice.
Jasper levou sua grande mão até o sexo de Alice constatando o estado em que ela estava.
– Só que não posso te deixar assim... – ele penetrou abruptamente um dedo na pequena entrada de Alice, o girando dentro dela. Ela arqueou as costas, o quadril subindo e descendo no dedo dele.
Ele acrescentou mais um dedo, louco para vê-la se contorcer de prazer. A excitação de Alice escorria por entre as suas coxas, facilitando os movimentos de vai-e-vem de Jasper. Ela sentiu suas paredes enviando vibrações até seu clitóris, ele deu um beliscão no músculo rijo. E em poucos minutos, Alice subia e descia no colo de Jasper imitando um cavalgar.
Jasper quase estava tendo um orgasmo com a resposta livre do corpo dela.
Então Alice soltou um grito. Grito este que fora abafado pelos lábios de Jasper. Seus dedos foram esmagados e o líquido do orgasmo de Alice descia por entre sua mão.
– Jasper, eu sou virgem. – ela disse enquanto esperava a respiração normalizar.
Ele olhou ternamente para ela. Soube disso no momento que seus dedos a penetraram. Ela era muito estreita.
– Bom, não garanto que ainda permaneça nessa condição. Não depois do que houve...
Ela riu. Um som puro que ecoou nos ouvidos de Jasper como uma canção.
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Alice teve alta do hospital, assinada pelo médico que religou os tendões e o próprio Edward. Ele respeitou Swan e não apareceu para acompanhar Alice.
Swan tomou a decisão de que sua irmã mais nova ficaria em seu apartamento, pelo menos até que se recuperasse totalmente. Ainda não confiava nela para deixá-la sozinha. Alice aceitou rapidamente quando soube que Jasper passaria bastante tempo no apartamento, por conta de uma matéria que ele e Swan trabalhavam.
Swan notou um clima sensual entre Alice e Jasper, mas guardou para si. Talvez fosse uma boa idéia não andar pelo apartamento à noite. Não queria presenciar os dois transando em sua cozinha.
As palavras de Edward ainda ecoavam em sua mente.
– Estou apaixonado por você!
Agora ela pensava o que se passava na mente dele.
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As várias luzes de neon ondulavam nos corpos febris na pista de dança. As pessoas dançavam ensandecidas e esta parecia uma maneira óbvia de exorcizar seus problemas. Como se naquela noite, nada mais importasse, nada poderia abatê-los. Estavam livres.
Donna apertou o polegar em sua testa, sua cabeça latejava. Ou era disso que tentava convencer suas amigas. Ela não se encaixava naquele lugar. Na verdade, ainda não descobrira seu lugar. Era fácil conviver com sua solidão no exílio, largada sozinha em sua casa. Mas, testemunhando as outras pessoas livrando-se de seus males enquanto ela se torturava lentamente. Não era justo.
– Não vá, Donna! – uma das meninas disse com a voz embargada pelo álcool.
Ela ignorou o pedido da amiga e foi em direção à porta da boate. Do lado de fora o vento frio levou embora os vestígios de claustrofobia que o ambiente fechado a remetia.
– Já está indo embora, boneca? – uma voz rouca disse muito próxima de seu ouvido. Uma cantada masculina.
Donna revirou os olhos. Não era o tipo de mulher que atraía esse tipo de atenção masculina. Era baixinha, com ossos largos, uma barriguinha saliente. Os cabelos negros volumosos e difíceis de domar usava óculos de grau, pois odiava lentes de contato. Mesmo com o aviso de sua amiga, que dizia para não dar confiança a estranhos e a cantadas quando estivesse sozinha, Donna olhou em direção ao tal galanteador.
Seus olhos quase saltaram. Pensou em chamá-lo de Deus da beleza e graça. Mas, Deus era um adjetivo grotesco diante da perfeição daquele ser taxado de humano.
– Por que está falando comigo? – a voz de Donna tremulou. Só podia ser uma pegadinha.
– Eu te observei a noite inteira. Percebi que não se encaixava aqui. – Donna tomou isso como uma ofensa. Ela não era boa o bastante. O homem ergueu seu rosto com o dedo. – Na verdade, eu também odeio esse tipo de lugar. Meus amigos me arrastaram para cá.
Ele deu uma risada suave. O som infiltrou-se no corpo de Donna, fazendo-a derreter e chamuscar por dentro. Ela não notou uma nota falsa naqueles olhos, podia se ver refletida com exatidão neles. Toda dúvida, a forma como viveu até agora sem encontrar seu lugar no mundo esvaiu-se. E por mais estranho que fosse se encontrou naquele belo estranho.
– Eu te entendo. – ela disse baixinho.
– Eu nunca fiz isso antes. Mas... – ele mordeu os lábios, nervoso. – Eu queria muito te conhecer.
Donna arquejou tomada pela surpresa. Sentia-se lisonjeada pela atenção que ele se prestava.
– Claro! – disse sem pestanejar. – Aonde vamos?
– Conheço um lugar maravilhoso. Ninguém vai nos atrapalhar. – ela sorriu quando ele entrelaçou suas mãos.
As calçadas estavam desertas quando o casal peculiar atravessou a rua. Ninguém viu Donna saindo da boate. E muito menos notou a presença daquele misterioso homem. Os dois foram tragados pelas sombras. A escuridão que se alojava no coração daquele homem engoliu a ambos. Era um caminho sem volta.
O destino de Donna parecia incerto na concepção de várias pessoas, mas para ele só existia uma opção.
A mesma que o fazia matar.
Continua na Próxima Cena...

--x--

N/A:

Como eu prometi, capítulo postado!
Leitores mais que especiais da minha Vida. Quero agradecer pelo carinho, e as palavras de incentivo. Vocês não sabem como ajudam uma autora totalmente amadora.
Obrigada por existirem e por me acompanharem!
Eu amo vocês, e promete sempre me esforçar em DV.
Uma leitora pediu com carinho um POV Edward, mas como não consigo colocar POV em DV. Escrevi alguns breves pensamentos de Edward. Espero que goste.
Um grande beijo!

 N/B:

Beta falando moderadamente agora....kkkkkkkk
OMG....outra vítima do Dragão Vermelho?
Que filho da mãe sedutor e esperto, não? Nossa! Se eu fosse bobinha que nem ela, cairia também. Humm...ok parei.
Voltando... #mega sorriso#
Oi, gente. Mais um capítulo de DV para te fazer parar tudo e se concentrar na leitura, hã? Parabéns, Paixão. Tá cada vez melhor. (aplaude quicando na cadeira)
Fiquei mega ansiosa com o possível surto de Isabella diante da declaração repentina de Edward. Mas, até que ela reagiu bem, né? Achei que ela ia agredi-lo, debochar dele, enfim...ela me surpreende. Ainda não decidi se a amo ou a odeio. Mas, tô achando ela mais agradável. E adoro essa vulnerabilidade dela em relação a Edward. Mostra que ela não é tão sem coração como quer que todos acreditem.
E Edward todo reflexivo sobre ela. Hummm. E como assim vingado pelas mãos dela? Vingado? Vingado de quê? Curiosa²
E PARA TUDO... que momento INTENSO foi esse entre Jasper e Alice? OMG... fiquei arfando aqui. E quase a acompanho no orgasmo só com as palavras dele. Muito bom. Team Jasper. Perva animada aqui. o/
E o Dragão Vermelho ataca novamente! Ai, estou tão excitada com isso. Não, não sou louca. Não quero que ele me pegue não. Mas, é tão interessante ver como ele age. Como escolhe suas vítimas. Como é inteligente. Ui, daqui a pouco me apaixono pelo assassino cruel. Preciso de um psiquiatra. Dr. Edward, por favor. o/.............*_________*
Amei. Parabéns, Fefê!!!
Beijinhos, até o próximo capítulo.
Te amo demaiiis, minha Paixão.

Cris

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