sexta-feira, 16 de março de 2012

WS — Capítulo 5



Capítulo 5 – Twisted Choices

“Ao não fazer uma escolha. Automaticamente você escolheu ser um peso morto na balança da vida. E um nada para a sociedade.”

Edward e Bella foram obrigados a repetir o beijo, e mais uma vez. Ela era especialmente frágil, ele teve receio de que algum movimento precipitado pudesse assustá-la. Sua voz, um sopro nos lábios que roçavam aos seus. Por favor, não me faça mal, pareciam implorar. Seu braço adornou a cintura dela com toda delicadeza que era capaz.
As inúmeras escotilhas na mente de Bella ameaçavam entrar em colapso. As fechaduras rangiam, Edward era o único capaz de fazer tudo vir à tona. Tudo aquilo que mais lhe envergonhava exposto, o podre de seu corpo, o veneno que circulava em sua mente, o espírito e a essência corrompidos.
– Não! – ela gritou os olhos horrorizados com que tinha feito.
Edward sem fôlego se afastou. Bella caiu em prantos.
Olhou o perfil de Bella, que era luz e sombra no reflexo dos carros que passavam . Ele não compreendia como um ser podia vagar entre os dois, duas essências... Ela nem sequer desconfiava que o homem sentado ao seu lado, estava prestes a descobrir seu maior segredo. O segredo de não uma, mas três mulheres.
Edward num gesto incapaz de controlar, novamente a acolheu em seus braços. As lágrimas banhando o paletó, suas mãos nos cabelos que tantas vezes esconderam o rosto cheio de vergonha depois das noites de infâmia.
O ronco do carro cessou, e Bella não fez qualquer menção de que fosse se afastar.
Edward se amaldiçoou, por ter aproveitado de um momento de fragilidade. Claramente ela buscava proteção, e ele envolveu seus sentimentos patéticos.
– Bella... – a porta traseira onde ambos estavam abriu. A expressão de Darius beirando a loucura de um homem. – Está bem? Machucada?
A voz dela era um sussurro, mesclados com os soluços que irrompiam de seu peito.
– Ela está bem. – Edward respondeu.
Darius passou os braços embaixo das pernas de Bella, uma atitude de posse. Ela não lutou, rapidamente aceitando o amparo de Darius.
Edward sentiu-se inutilizado, vendo-a ir. Uma sensação de abandono, ela era frágil e submissa, não importava-se de protegê-la. Na verdade aceitaria como sua missão.

[...]

Uma picada de uma agulha faz com que Bella não fosse mais capaz de se manter alerta, as pálpebras pesando preguiçosamente. Ela sente suas forças se apagarem, de seus olhos escorrem lágrimas salgadas. A escuridão a abraça, e se expandi até fazer parte dela.
Darius sente o corpo dela relaxar repentinamente. Espera alguns instantes, e vira o rosto dela. Aparecem as feições delicadas, as sobrancelhas desenhadas por um Michelangelo, o nariz sutil, os lábios semiabertos.
– Ela está bem, Darius – o médico ao lado de Bella, verificava seu pulso. – Apenas, lhe apliquei um sedativo. Ela passou uma situação traumática.
“Mais uma”, Darius imaginou quando toda a provação se converteria em algo benéfico.
Deus nunca dá uma cruz maior do que se pode suportar. Como uma pessoa carregaria três cruzes em apenas um corpo?
– Durma, meu amor... Amanhã não será melhor. Mas, estarei ao seu lado, sempre.

[...]

Após ter ficado na fina garoa da madrugada de N.Y, a casa estaca especialmente quente. Edward fechou a porta em seguida, impedindo que a corrente de ar frio circulasse pelo ambiente. Ele sentiu um aperto no coração, Sophie dormia no sofá com o pequeno coelhinho que ele havia dado no seu aniversário passado.
Heather surgiu na sala acompanhada de Rosalie, as duas pareciam mais cúmplices.
– O que houve? Vimos noticiário... – Heather disse em tom baixo para não despertar Sophie, mas os olhos preocupados.
– Você está bem? – Rosalie perguntou aflita. Era uma mulher adorável.
– Fui contrato. – a expressão dele revelava um homem cansado. Os olhos que pareciam ter visto tudo no mundo.
– Que bom, as meninas jantaram. Sarah está dormindo no quarto, e Sophie se negou a ir até que você chegasse. – Heaher depositou um beijo na cabeleira de Sophie. Ela reincidia a baunilha. – Ela é durona, igualzinha ao pai. Já chamei o táxi. Jorge está me esperando em casa.
– Obrigado por tudo. Boa noite.
– Por nada. Vocês são nossa família, também. – Heather passou os dedos pelos cabelos de Edward, um gesto comum entre os dois.
Enquanto Heather ia embora, ele foi até onde a pequena Sophie estava deitada com seu coelhinho encardido.
– Papai, chegou. Vamos levar o Peter Rabbit para cama? – Sophie levantou os braços. Edward ajeitou-a em seu peito, o coelhinho sacolejando como uma boneca de pano.
Ela deixou um braço em torno do pescoço do pai quando ele a pôs na cama.
– Papai...
Edward sentou na beira da cama, puxando o cobertor para manter a filha aquecida.
– Mamãe teve outro bebê?
– Teve sim.
Edward não podia dar outra resposta, pois Sophie saberia se mentisse, provavelmente ouviu sua conversa com Alice antes da partida do Solar.
– Ele é meu irmão?
– Sim, é seu irmãozinho caçula.
– Então você é o papai dele? Por que ele não está aqui? Cadê a mamãe?
– Tanya não podia cuidar da criança conosco. Seu irmãozinho tem outro papai, por isso Tanya teve que ir.
– Quando você tiver outro bebê. Vai me deixar? – as lágrimas como grandes bolinhas no rosto infantil.
Edward deu um abraço apertado na filha.
– Eu nunca faria isso. Não precisa se preocupar.
– O bebê deve precisar muito dela. Por que ela o escolheu, em vez da gente.
Era essa a essência de seu medo. Sophie temia pelo abandono, que fosse mãe a negou. Quando Sophie finalmente pegou no sono, Edward fechou a porta cuidadosamente. Rosalie o esperava na sala, ela foi muito paciente.
– Sinto muito que tenha ficado até essa hora. Eu te acompanho, e pago táxi.
– Não. – Rose se levantou do sofá, com um andar sinuoso. – Gostaria de ficar aqui com você.
O peso daquelas palavras atingiram o corpo exausto de Edward. Por essa noite a solidão não se abateria sobre seu corpo.
– Tudo bem. – Rosalie se aproximou o beijando com todo seu carinho e devoção.

[...]

Graveyard Boothill, Texas

Uma placa de madeira pendurada num poste, avisava que estava no Cemitério Boothill. Percorreu as poucas dezenas de metros de terra batida que levavam até o portão do cemitério. Emmett caminhou entre o mar de lápides, ouvindo o chiado do cascalho sob os sapatos.
A excitação por seus pequenos progressos na busca por aquele pequeno bebê diminuía a cada passo. O pequeno legado de sangue de sua mãe, assim como ele. Estava extinto. Será que sua pequena e frágil irmã sofreu tanto quando sua pobre e doce mãe?
Ambas almas que vieram ao mundo, para sofrer as tormentas que foram negadas a outros.
Agora era o momento da racionalidade, do convite à calma, à reflexão. Como o coveiro havia explicado, as lápides ficavam a lado de uma enorme árvore, que subia em direção ao céu sereno.
Mostrou atenção especial a cada uma das lápides dedicadas as crianças que morreram no incêndio que atingiu o orfanato há mais de 20 anos. Pequenos anjos feitos de mármore davam um ar angelical a cada uma das lápides dessas crianças, as quais foram confiscadas o direito de crescer. Entre elas sua irmãzinha.
Emmett deslizou o olhar pela última lápide pousada no chão, estava levemente inclinada em relação ao horizonte. Com um nome e uma data esculpidos na pedra.
Laura Prisley 1987 – 1992
Sem o dia de nascimento, o mês, o orfanato não sabia quando foi concebido esse doce anjinho. Não havia foto nas lápides.
De repente seus olhos se fixarão na data.
“Se ela estivesse viva teria 24 anos! Impossível!”
Emmett sabia pela matemática exata que sua irmã estivesse viva, ela teria 22 anos exatos. Novamente a centelha, queimava em seu peito. O legado não estava perdido.

--x--

N/A:

 O capítulo foi curtinho, eu sei.
Queria agradecer aos meus leitores de WS. Mesmo com os poucos comentários, vou continuar postando regularmente. Porque sinceramente é uma história que eu amo escrever.
A doença da Bella acaba com meu cérebro em maneiras de escrever que possam prender a vocês. Eu vejo mutas possibilidades em WS.
É por isso que não desisto dela.
Peço que os leitores que realmente gostam, indiquem WS a outros leitores.
E os meus leitores, possam dar uma visita em outra história que um tanto diferente de WS, chama-se Point Pleasant.
É um romance-policial, meu primeiro em questão. Garanto que é uma escrita madura e viciante, com ótimos hentais. Os personagens são muito originais, e enquanto não desvendar a identidade do assassino, não vão sossegar.
Edward, é um ex-médico amargurado. Que encontra Bella praticamente morta, após uma tentativa de assassinato. Não resistindo depois aos encantos da mulher misteriosa.
Rosalie é uma exrife, durona que é obrigada a unir forças com o agente do FBI, Emmett Mccarthy.
Espero a visita de vocês.

PS.: O hentai Edward e Rosalie terá continuidade no próximo capítulo, aguardem!


Nenhum comentário:

Postar um comentário