terça-feira, 13 de março de 2012

DV - (Segundo Ato)


Segundo Ato –

Boas meninas vão para o céu. As más vão pra qualquer lugar.

Depois de horas ouvindo somente a campainha de seu telefone, o som penetrou na mente de Swan. E mesmo depois de ter arremessado o aparelho contra a parede em sua fúria. Ainda podia ouvir o toque maldito a espreita como um fantasma.
Ela nunca imaginou estar no reverso da moeda. Geralmente, ela era a jornalista inoportuna e insistente, e não o contrário.
Com diversos jornais espalhados pelo balcão de mármore na cozinha, Swan iniciava a matéria que a levaria de volta ao ápice. As matérias ilustravam em várias sessões de horrores o trabalho maquiavélico do Dragão Vermelho, era incrível que uma pessoa pudesse distorcer a imagem humana.
 O serial killer apelidado pela imprensa como “Dragão Vermelho”, pois a região lombar de todas as vítimas eram esculpidas com incisões que tinham o objetivo de ilustrar a imagem de um dragão, completamente banhado pelo sangue das infelizes.
Seu único alvo são mulheres, todas de grande beleza, no entanto de diferentes classes sociais. Obviamente o assassino era dono de uma boa aparência, para não dizer que podia ser um homem muito sexy. Foi a essa conclusão que Swan chegou, era fácil enxergar o porquê; somente um homem muito belo poderia seduzi-las e mais tarde as levar para o ninho de amor, os lugares aonde foram encontrados os corpos eram ambientes em que se previam que ocorreria alguma atividade sexual.
E mesmo que as vítimas tivessem sido abordadas violentamente, se o assassino não tivesse uma boa aparência, chamaria muita atenção por estar acompanhado de mulheres tão lindas. Swan se ateria a esse fato, era o único por enquanto que sua mente a levou.
Ao lado estava um pequeno roteiro, que ela sempre montava metodicamente afim de facilitar seu trabalho;
# Um cidadão de Chicago, conhece a metrópole com bastante afinco (causa: as vítimas foram encontradas em lugares de difícil acesso, e muito bem escondidas).
# Possivelmente um homem de boa aparência (ocorreu alguma relação sexual?).
# Traçar um perfil psicopatológico (como?!)
Swan enfiou os dedos femininos entre a vasta cabeleira castanha, um antigo hábito que indicava frustração.
“Está sozinha nessa, Swan.”, repetiu a si mesma.
Embora tivesse passado o dia inteiro, e o restante da madrugada estudando as matérias. Essas informações eram superficiais, precisava de algo mais, na verdade muito mais.
Mas como? Como?
“Claro, a polícia!”, exortou Swan enquanto pulava da banqueta em que estava há mais de quatro horas. Sentiu várias ferroadas nas pernas, e aquela dormência característica de quando se prendia a circulação.
Atravessou o corredor de seu apartamento, não era um lugar luxuoso, porém era seu. Não devia satisfação a ninguém, e gastou muitos dias reformando para que transmitisse sua personalidade forte.
A sala era um contraste entre as paredes ônix, e conjunto de estofados brancos. Uma grande pintura impressionista, com um mesclado de cores cítricas, as janelas longas e compridas que tocavam o teto e terminavam no chão.
O quarto era extremamente sensual, embora não levasse homens ao seu santuário. As paredes em vermelho-escarlate, a cama king-size majestosa no centro do quarto, os estrados com belas rosas em aço. E claro, seu enorme closet embutido, Swan abriu as portas duplas.
O plano completamente arquitetado em sua mente, entre as araras estava seu modelito femele fatale.
O vestido feito de lycra e spandex abraçava as curvas voluptuosas de Swan, muito justo ele descia até os joelhos, porém sua maior arma era o colo, e os ombros completamente expostos pelo decote coração. O modelo tinha a cor do pecado e a preferida de Swan, o vermelho-berrante. Sua mãe costumava dizer que era sua cor da sorte, ela nunca levou a sério, detestava as superstições da matriarca.
No espelho absurdamente grande que tomava a lateral do closet, Swan quase teve uma síncope. Sua aparência era lamentável. Profundas olheiras ao redor dos olhos, formando grandes bolsas, causando um aspecto medonho em contraste com o marrom profundo de seus olhos. A pele de marfim, tomada por um tom fantasmagórico; descolorada como um cadáver. Era preciso uma noite longa de sonho, sua aparência era de vital importância para a execução de seu plano.
Visitaria seu velho amigo, Jacob Black, um detetive do departamento de homicídios de Chicago. Agradeceu mentalmente a nunca ter cedido às investidas do moreno, isso lhe ampla vantagem.
Amanhã o dia seria longo. Com um suspiro se entregou a maciez do colchão de penas de ganso.
***
Os raios fortes infiltrando-se pelas cortinas de viscose penetraram no quarto. A claridade despertou a linda mulher que repousava nos lençóis, a mente completamente alerta para a tarefa de hoje. No entanto o corpo ainda pesado pelo sono.
Swan xingou uma lamúria e se ergueu, as poucas horas de sono revitalizaram suas feições. O sombreado abaixo dos olhos suavizado, nada que uma boa base e uma camada discreta de pó não resolvesse.
O banho foi um bálsamo para seu corpo impregnado pelo cansaço. Os óleos e sais acariciavam a pele macia e suave de Swan, conferindo um perfume natural que poderia ser a fragrância natural exalada do corpo dela.
Deixou que os cabelos secassem naturalmente, dessa maneira os fios encorpavam, criando ondas suaves ao longo do comprimento. A maquiagem ficou por conta de um batom vermelho para potencializar o efeito do vestido na pele alva, os cílios longos e espessos por diversas camadas de rímel. Duas borrifadas do seu perfume preferido formaram uma névoa, Swan passou por ela, o perfume de doce penetrando em suas narinas: Grapefruit e morangos silvestres.
No elevador do espelho sua produção mostrou grandes resultados. Seu vizinho Mike Newton praticamente a devorou com os olhos, Swan sorriu levemente. Os lábios rubros se erguendo em um sorriso recheado de intenções malignas.
– Poderia me ajudar a colocar o sobretudo, Mike? – Swan o olhou pelo espelho do elevador, ele assentiu. O olhar direcionado a sua bunda empinada.
Ela levantou os cabelos expondo a curvatura suave de sua nuca, as costas nuas livres para o toque. Mordeu os lábios ao sentir a mão dele deslizando juntamente com o casaco em sua pele, as mãos parando na cintura. O hálito quente dele roçando contra sua orelha, propositalmente Swan deu um passo para trás, esbarrando seu corpo contra o de Mike. Seu membro já batia continência contra as nádegas de Swan.
– É aqui que eu fico, Mike. Obrigada pela gentileza... – Swan saiu desfilando o corpo com um forte rebolado, Mike ficou atônico, dividido entre a incredulidade e o tesão absurdo que essa mulher provocava. – Seria uma boa pedida brincar com seu amigo, ele está muito saidinho...
O porteiro estava trocando uma lâmpada defeituosa, a breve passagem de Swan quase provocou uma fatalidade. O pobre homem fitava hipnotizadas as pernas torneadas e firmes, incapaz de resistir aos pensamentos luxuriantes.
Prestes a abrir o carro, Swan nota um leve movimento sorrateiro pelo reflexo dos vidros do carro. Seguido de uma voz rouca.
– Isabella Swan? – ela se xinga mentalmente, aquela voz exerceu um domínio em seu corpo que a apavorou. As pernas trêmulas, as mãos suadas.
– Depende, quem pergunta. – pelo menos sua voz não transpareceu seu nervosismo.
– Edward Cullen, filho bastardo de Carlisle Cullen.
Swan virou abruptamente, perdendo todo o fôlego com a visão.
O homem a sua frente era um deus eternizado em carne humana. Alto de compleições fortes, com músculos devidamente distribuídos ao longo do que deviam ser um metro e noventa de altura. Ombros largos camuflados pelo paletó com corte italiano, e o rosto uma ofensa a qualquer homem que se dizia belo.
Dono de traços fortes e perfeitamente másculos, no entanto com classe sem perder o poder. O nariz reto e comprido, os lábios finos muito bem desenhados com várias promessas eróticas de beijos íntimos. As sobrancelhas grossas emolduravam aqueles olhos absurdamente claros, Swan compeliu a vontade de atravessar o pequeno espaço que separavam seus corpos. Não tinha certeza quanto o tom, seriam verdes ou azuis? Ou mesclado dos dois?
Não, eram verdes. Um tom límpido e puro. Swan percebeu que ele a fitava com altivez, reconhecia esse olhar, porque era sua própria marca registrada refletida nele. Com certeza deveria ter notado que foi minuciosamente analisado pelos olhos castanhos atrevidos.
– Veio me ameaçar de algum processo? Prisão? - Edward pensou que era uma pena uma voz tão sensual carregada de cinismo. – Fique tranqüilo, já fui devidamente castigada pelo meu chefe. E pelas ameaças de seu pai, mas pegue uma senha. Há muitos que querem minha caveira.
– Nossa, realmente são verdadeiros os boatos. Muito linda e absurdamente sarcástica e arrogante. – Swan preparava-se para uma resposta apimentada. – Na verdade vim lhe agradecer.
– Como? – Swan quase engasgou com a lufada de ar que teve de buscar para os pulmões.
– Foi a vingança que esperava há tempos sobre o meu pai.
– Isso é estranho, devido ao fato dele tê-lo registrado, pagado seus estudos...
– Sim, nunca foi um pai. Viveu anos entre o seu lar oficial e a cama da minha mãe. Ela morreu com as promessas falsas de amor dele. – uma névoa sombria encobriu os olhos de Edward; era mágoa.
– Bom, de nada então... – Swan destravou o carro, não sabia ao certo, mas precisava fugir desse homem. Aquele perfume fodidamente másculo, a estava levando a um grau elevado de tesão. Não queria ter que satisfazer com os dedos ao caminho do Departamento de Polícia.
– Gostaria de agradecê-la apropriadamente. – ele pegou a mão pequenina entre as suas, aonde depositou um cartão.
– Está me oferecendo seus serviços de garanhão? Você não deveria ser um médico?
Edward pendeu a cabeça para trás em uma risada carregada de humor negro.
– Na verdade, sou psiquiatra. Aliás tenho uma cliente me esperando, na verdade uma paciente. – ele virou o pequeno cartão na mão de Swan. O papel era caro devido à textura refinada, as letras em negrito diziam se tratar de uma boate-bar. – Sou sócio desse estabelecimento, nas noites de quarta toco violão, adoraria sua presença.
Ele não deu chance para uma recusa, seu corpo atravessando o ar que os separava. As mãos de dedos longos na cintura delgada de Swan. O calor do corpo dele, penetrando entre as finas roupas de Swan, o membro dele roçando no meio das pernas dela. Sentiu seu próprio desejo escorrendo por entre as pernas. O aperto se tornou mais forte, mais possessivo mais íntimo.
– Te espero mais tarde, Bella. – a língua dele contornou a pele macia da nuca, seguindo até o lóbulo da orelha, dando leves palmadinhas. Ela sentiu essas batidinhas no seu clitóris inchado. Ela soltou um gemido sôfrego. – Seu sotaque francês é afrodisíaco.
Em seguida ele deixou uma repórter atrevida segurando na maçaneta, o peito arfando, e a calcinha totalmente empapada.
– Oh mon dieu – Swan clamou o nome de Deus, tinha acabado de ter um orgasmo apenas com essa aproximação. – Gozei.

Continua no próximo Ato


--x--

N/A:

Postei rapidinho não é?
Bom, agora para encerrar a Primeira cena, teremos apenas o Terceiro Ato agora.
Preparem o coração e a calciha, vai ser hot, muito hot! E logo mais a coisa fica tenebrosa com o Dragão Vermelho.
Estou vendo que vão cancelar minha conta por divulgar pornografia aos leitores. Oh Lord!
Esse capítulo foi básico, apenas para mostrar o ponto de partida da Swan. E um pouco da personalidade dela. Acredita que a minha Swan é uma personagem muito original. Nunca vi uma parecida.
E quero agradecer a todos os comentários.
E quero pedir encarecidamente por mais, e alguma recomendação.
Beijo enorme!


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