sexta-feira, 16 de março de 2012

WS — Capítulo 1



Capítulo 1 – Prazeres da carne, feridas na alma

Bem vindo ao inferno. Aproveite o calorzinho!” – Iris Luna/ Hell Girl

Bella P.O.V

Em algum lugar...


Não sabia ao certo se sonhava, ou se dessa vez havia perdido-me definitivamente nos inúmeros labirintos que minha mente se tornara. Câmaras distintas que cada vez fechavam-se ao meu redor, as colunas tinham vida própria, curvando-se como serpentes, predadores prestes a atacarem. A finalidade era extinguir minha existência, em pouco tempo eu me tornei espectadora de minha própria vida.


Corri pelos corredores ondulados, as minhas pernas protestavam pelo esforço, porém parar estava fora de cogitação. Com lufadas rápidas, eu tentava recuperar um pouco de ar, forcei os músculos a estenderem-se mais. Conseguia ver no final de um corredor uma centelha de luz, me agarrei com todas as forças a luz que vinha de lá, faltava tão pouco, tão pouco...


Tentei abrir os olhos, estava na completa escuridão. Um ronco suave me fez pular na cama, produzindo um rangido. Mesmo com a penumbra recorrente pelas janelas fechadas, era possível notar que estava em um daqueles quartos de subúrbio muito vistos em Chinatown.


O quartinho tinha a aparência – e o cheiro – de estar desocupado há muito tempo. Olhei em volta, estava deitada em uma cama com a colcha amarrotada, logo a frente duas cadeiras velhas perto de uma mesa cheia de marcas.


Náuseas fortes torceram meu estômago, como um soco invisível bem em cima de meu tórax. Sentia o sabor amargo da bile em minha boca. O ácido corroendo, e provocando fortes ânsias. Eu me levantei e corri direto para o banheiro.


Parecia que uma tempestade havia caído. O piso inundado por água e as toalhas espalhadas ao redor.


Com raiva voltei ao quarto, a náusea cedendo para uma pontada forte em meu crânio.


– O banheiro está uma bagunça. Sei que deve estar acostumada a ter gente limpando sua sujeira, não é gatinha? – uma voz forte ressoou atrás de mim.


Estava com medo de fitar o desconhecido, já sabia muito bem aonde toda essa situação ia dar.


“Por quê ela nunca terminava o que começava? Sempre deixando rastros de fogo em minha vida?”


– Eu não sou ela – no mesmo instante notei que estava nua. Os pés descalços tocando o carpete que deveria ser branco, porém exibia manchas marrons.


Houve um longo silêncio.


– Quem você é hoje, gostosa? – senti o toque de seu membro flácido em minhas nádegas. Lágrimas de repulsa escorriam por minha face.

– Não me toque...


Braços fortes cercavam meu corpo, fiquei completamente imóvel. Esperava que ele me soltasse ao notar minha rigidez, queria me fazer de morta. Eu não seria capaz de lutar nem ao menos para me defender.


Era uma escória, um resto maltratado.


Em um movimento brusco fui erguida facilmente do chão. Sendo obrigada a fitar o rosto desse homem.


Ele devia ter descendência oriental, os olhos puxados em suas laterais constatavam o óbvio, as maças do rosto baixos e comprimidas, os cabelos extremamente lisos pendendo até o queixo. Havia um pequeno buraco em seu queixo, como uma covinha. Devia ter uns 1.85m, meus pés planavam longe do chão.


Sem dúvida um homem atraente, condizia com a sua preferência. Ombros largos, peitoral e barriga esculpidos e uma longa tatuagem em seu braço, um Long. Popularmente conhecido como o dragão chinês, uma mistura de vários outros animais davam origem a ele. Olhos de tigre, o corpo alongado de serpente tomando todo o braço e terminando na curvaturas dos ombros, as patas de águia e longos bigodes de carpa.


Seus olhos castanhos olhavam-me com luxúria, as mãos envolvendo meus seios com malícia.


– Qual o problema, não está afim de uma boa fodida matinal? – tremores assolaram meu corpo. Iniciei um choro desesperado, engasgando em minhas próprias lágrimas.


– Por favor não... – eu balbuciava desesperada.


– Qual a porra do seu problema? Ninguém te obrigou a nada, na verdade ontem você abriu as pernas como uma vadia. Rebolando no pau até gozar.


– Não! Não! – me joguei no chão sujo, as mãos tampando minhas orelhas como se houvesse uma maneira de que tudo fosse uma mentira nojenta. O carpete cheirava a mofo e cerveja.


– Olha, você obviamente estava muito drogada. Eu não te obriguei a nada, portanto nem pense em alguma gracinha com a justiça. Caso contrário pode dizer adeus a sua carreira, se eu abrir minha boca e divulgar seus hábitos devassos.


Me sentia alguém manchada e desgraçada.


– Só quero sair daqui – eu disse humilhada. Ergui meus olhos e o vi parado na porta.


– Sei... Tem certeza? Não vou te fazer mal, a menos que peça. Você é uma delícia, ontem foi insaciável – seu membro estava rígido. Eu o olhei aterrorizada.


Ele chegou perto de mim, e deu um sorriso maroto. Os lábios formando uma meia lua. Em seguida fui erguida pelos punhos, ele me deitou na cama imunda e começou a se deitar em cima do meu corpo nu.


– Não, por favor. Ninguém vai saber sobre o assunto, deixe-me ir.


– Cala a boca, vagabunda! – a mão pesada dele esbofeteou meu rosto. O impacto fez com que meus dentes cortassem meu lábio inferior. Senti o sangue escorrer. – Sei que está tesuda, e precisando de um bom macho.


Seus dedos invadiam-me sem o mínimo pudor. Tentei gritar, mas só saiu um gorgolejo alto. Fechei meus olhos. Não suportava olhar, o peso de seu corpo dificultava minha respiração.


Estava gritando em silêncio, com medo de desmaiar.


Estava presa na escuridão do quarto.


Transição


“Socorro”, Bella gemia para si própria na esperança, que houvesse uma maneira disso ter um fim.


No fundo de sua inconsciência, ouviu um grito histérico, desprovido qualquer humor. O som era diabólico.


“Como você pode?”, sua própria voz repreendia a outra parte que se regozijava.


“Bella, agüente firme. Tudo vai dar certo”, a mesma voz a acalmava.


“Desisto, Mel. Têm sido tudo tão inútil, me perdoa. Queria ser forte como você sempre foi, obrigada por cuidar de mim”


“Ainda não acabou. Você tem a mim...”, Bella sentia a presença de Melanie tão próxima a si, como se afagasse carinhosamente seus cabelos.


Os olhos castanhos tão gentis e inteligentes. Melanie era sua única amiga, não havia segredos entre elas.


“Divirta-se uma vez na vida, Bellinha. Bem vindo ao inferno, aproveite o calorzinho!” Iris tripudiava, completamente satisfeita com o desespero de Bella.


“Cale a porra da boca, sua cachorra!”, Melanie vociferou.


Bella já não sentia os membros, um alívio profundo tomou cada poro de seu ser. A inconsciência nunca lhe pareceu tão atraente, afinal não presenciaria a atrocidade.


Melanie P.O.V


Meu coração batia tão depressa que parecia a ponto de saltar do peito. O corpo desse estuprador asqueroso forçava minhas pernas a abrirem. Definitivamente era o fim dele.


– Belezinha, pode relaxar agora – ele tentava investir suas partes baixas contra mim.


– Ah sim – gemi. – Eu senti falta disso.


Ele sorriu convencido de que tudo foi um teatro. Afrouxando a pressão sobre o meu corpo.


Quando ele começou a penetrar, eu ergui meu braço direito tateando pela cama, até que senti um objeto pontiagudo. Havia em pente com o cabo feito de aço, com doze centímetros de comprimento. Num movimento rápido, cravei o cabo no ombro exposto dele, bem no meio de sua tatuagem, empurrei até o final.


O sangue jorrava de seu ferimento.


– Vagabunda...


Empurrei o corpo para longe de mim.


– Isso acontece com malditos estupradores como você! – chutei seu flanco, ele urrou de dor.


Minha visão turva pela raiva, queria matar esse desgraçado, com certeza era o par perfeito para Iris.


– Chame uma ambulância – seu rosto um branco fantasmagórico.


– O telefone está lá – disse enquanto derrubava a cabeceira, o aparelho produziu um baque no chão. – Se vir atrás de mim, arrancarei suas bolas com meus próprios dentes. Seu covarde!


Imediatamente busquei as roupas espalhadas pelo quarto. Em nenhum momento arrependi-me, na verdade queria fazer muito pior. A adrenalina corria por minhas veias, fazendo o coração pulsar como um cavalo prestes a correr. Cerrei os punhos, retesando qualquer atitude precipitada, as veias arroxeadas saltando.


Alguém precisava limpar a sujeira de Iris. Aquela vagabunda egoísta.


Abri a porta com fúria, pensei que cairia com o esforço, não era só o quarto que tinha a aparência imunda. O corredor era pequeno e apertado, as paredes amareladas e com pequenas traças. Estava completamente perdida no espaço e tempo, não imaginava se era dia ou noite.


Respirei fundo e desci pelas escadas de sem acabamento.


No térreo havia uma recepção, atrás da mesa havia uma velha senhora chinesa. Acenei em sua direção com a cabeça, e saí para fora do hotel mal-cheiroso.


As ruas ainda estavam escuras, com pequenos pontos iluminado pelos feixes que imergiam das nuvens. O dia mal amanhecerá, mais a frente reconheci uma placa “Canal St. - Canal Street 159”. Realmente estava em Chinatown, isso explicava a quantidade de chineses indo e vindo pelas ruas, e a quantidade de barracas ilegais sendo montadas para iniciar o comércio típico desse bairro.


Um veículo amarelo chamava atenção entre tantos outros carros que circulavam pelas ruas. Busquei minha bolsa.


– Caralho! – praguejei baixo. A bolsa com a carteira havia ficado no quarto.


Voltar para lá estava fora de questão. Tateei pelas calças jeans apertadas, sentindo uma leve elevação retangular. Peguei o pequeno aparelho em mãos, ligando para o único número que poderia me resgatar.


– Alô? – uma voz sonolenta dizia do outro lado da linha.


– Darius, venha me buscar – disse rapidamente, afastando-me o máximo possível da propriedade do hotel. Não queria me preocupar agora em ser acusada de homicídio.


– Iris? – ele ficou mais atento.


– Errou, é a Melanie. Por favor, não pronunciei o nome da vagabunda em minha presença.


– Mel, aonde você está? O que aconteceu?


– Estou em Chinatown. Primeiro venha me buscar, não quero cometer mais nenhuma loucura.


– Estou a caminho! – o telefone ficou mudo.


[...]

Narrador P.O.V

O Solar, no norte de Forks.


Assim que entrou em casa, Edward fechou a porta antes que a cadela Star pudesse segui-lo. Sarah estava parada no meio da sala, arrasada. Embora não houvesse qualquer sinal de Sophie, ele sabia que ela devia estar por perto. Olhou ao redor da sala, procurou atrás e debaixo do sofá, das poltronas cobertas com lençóis brancos. Mas foi só quando olhou para trás, para as estantes que ladeavam a porta da frente, que ele a avistou. Sophie metera-se na prateleira de baixo.


Os joelhos estavam levantados, envolvidos pelos braços pequenos. Os cabelos um fascinante mesclado de castanho e cobre, como os do pai, mas compridos, lisos e finos, espalhavam-se pelos ombros. Os olhos, observando-o, exibiam uma tristeza profunda, uma compreensão da situação. Edward sentiu um aperto no coração. Não porque acalentasse sentimentos mais fortes por Sophie, mas apenas porque ela o preocupava mais.


– O que foi, bebê? – o apelido persistia mesmo agora que Sophie acabará de completar cinco anos.


– Estava me despedindo do meu esconderijo – ela sorriu carinhosamente. O sorriso revelou um pequeno dente de leite faltando.


– Papai nunca te encontrava – uma risada infantil borbulhou, os lábios repuxando-se em uma careta que escondia seus dentinhos. Edward ficou aliviado por distrair Sophie. – Sua diabinha...


Sophie engatinhou para fora do esconderijo, usava uma camisola verde-claro, o tom ressaltava seus olhos verdes.


– Papai? – chamou uma voz suave. Era Sarah, sua filha de sete anos. – Posso levar as caixas para o carro? Quero ajudar!


Sarah batia o pé no assoalho de madeira.


Edward rio. Sarah, de longe a mais curiosa e ousada das duas meninas, aproximou-se em sua comprida camisola rosa. Tinha os cabelos tão claros quanto os da mãe, e densos e compridos, mas encaracolados. Os olhos dois faróis azuis tais como de Tanya.


– Tenho uma outra tarefa de extrema importância. Preciso que você e sua irmã se vistam enquanto dou alguns telefonemas. Depois, tomaremos juntos café da manhã.


– O que vamos comer? – Sarah rodopiava com a camisola.


Ele pensou um instante.


– Ovos? Waffles? O que vocês acham?


– Talvez.


– Panquecas – anunciou Sophie, aproximando-se. Imediatamente Edward a aninhou no colo.


– Com bastante chocolate para as minhas princesas – Edward desceu Sophie e deu um beijo amoroso em cada uma de suas filhas.


Sarah pegou a mão da irmã caçula, a levando até o quarto para se trocarem.


Além de estar com o coração partido por deixar o Solar. A terra que conquistou para sua família com trabalho árduo e honesto. Também, preocupava-se com os sentimentos das filhas, as crianças praticamente só respiravam a vida simples no Solar.


O Solar ficava a norte de Forks, depois de passar pela rodovia estadual, seguindo por uma estradinha de terra batida. Embora modesto, era uma porção de hectares. Ladeada pela magnitude do Blue Lake, que adornava toda a extensão da propriedade. Tornando-a uma das locações mais bem pagas de Forks. A casa aonde criou as meninas, foi praticamente erguida com suas próprias mãos, feita de madeira, e com várias pedras que a tornaram sólida no chão.


No entanto, seria muita crueldade vender as terras, mesmo mudando-se para Nova York. Edward sabia que um dia regressaria, afinal de contas as meninas nunca o perdoariam se vendesse seu lar.


Com olhos saudosos, lembrou-se o dia em que ele e sua ex-esposa, Tanya. Buscavam propriedades para investir, aquela época seu primeiro e único romance lançado havia conquistado o público de Forks, bem como outras várias livrarias em cidades longínquas. Tanya esperava Sarah, portanto Edward desejava ter uma residência fixa, um lugar para chamar de lar.


Não podia suportar a ideia de viver de casa em casa, como seu pai fizera consigo e os irmãos.


O Solar era uma terra de ninguém, uma propriedade maltratada e abandonada. Porém havia uma beleza incontestável em meio a vegetação selvagem que cobria toda a propriedade, invadindo a velha construção que foi um dia a casa principal. A forma como o sol tocava a terra, como uma leve carícia. As árvores verdes e cheia de frutos, o vento dançava contra os galhos, os pássaros cantando em harmonia . Uma inocência transcorrendo entre as árvores, o lago testemunhando e enfeitando toda a paisagem.


Sarah agitou-se na barriga da mãe, e naquele momento sabia que estava em casa.


Caminhou de volta a sala, pegando o aparelho telefônico.


– Alô, Lice. Já estamos de saída, as meninas vão querer se despedir – Edward cumprimentou a irmã. Esperava pela represália que viria em seguida.


– Não gosto disso. Por quê tem que ir embora? E ainda levar as meninas? Já te disse que Jasper vai inaugurar um restaurante. Pode trabalhar conosco.


– Lice, já conversamos sobre isso. Não é desfeita, mas serei melhor pago no emprego que consegui em N.Y.


– Segurança? – Alice dizia incrédula.


– O que faz segurança ser menos indigno que garçom? – ela ficou em silêncio. Sinal de que havia ganhado a discussão. – Não tenho mais condições de continuar vivendo no Solar. O dinheiro me ajudará, assim que tiver uma boa economia voltarei correndo para cá.


– E as meninas?


– Estão se trocando. A esposa de Jorge cuidará delas, enquanto eu estiver trabalhando.


– Não há nada que eu possa dizer para fazê-lo mudar de ideia. E olha que sou uma pessoa de muitas palavras. – eu ri.


– Você não é pouco merda. Na verdade, é muito merda, maninha!


– Vai se foder!


Gargalhamos juntos no telefone.


– Volte logo para casa. Eu te amo.


– Eu também te amo.


[...]


Iris P.O.V


Upper East Side, New York


– Você perdeu completamente o juízo, Mel? Sabe quanto eu tive que pagar para aquele sujeito não te denunciar? Tentativa de homicídio Melanie! – a voz de Darius atingia todos os cômodos do apartamento.


Porém, ele errou feio. Não era Melanie que habitava aqui, não mais.


Desliguei a ducha, a água quente foi uma boa opção para acalmar meus nervos. Apesar que uma boa dose de Wiskhy e um baseado teriam efeito imediato. Melanie comprometeu toda a diversão, Bella acha que é uma bonequinha de vidro intocável. Ela merecia aquela lição.


No que ela é melhor do que eu, afinal?

Em tudo, Iris. Você é uma vaca egoísta e sórdida Sinto o seu cheiro de podridão a quilômetros”, a voz de Melanie era a maldita torneira pingando no fundo da minha consciência.


Vai lamber o cú virgem da Bella”, sacudi minha cabeça. Alguém tinha que exterminar os insetos.


Seu mau-cheiro vem de dentro. Não importa quantos cremes use, ou perfumes caros. No final você fede, por isso sua vida é detestável. Seu lugar é na sarjeta”, sorri comigo mesma ao fitar meu reflexo no espelho.


Se eu cair, todas caíram comigo”, Melanie ficou em silêncio.


Ela sabia do que eu era capaz de fazer.


Fitei a estonteante mulher refletida. Ela é linda, a pele de marfim intocada, belos ângulos faziam de seu rosto uma bela obra de arte. O nariz fino, a ponta ligeiramente arrebitada. Os lábios rubros cheios, a curvatura do lábio superior era sensual. O tom dos olhos não era um castanho comum, mas como um chocolate derretido com pequenas gotículas de caramelo.


Eu sorri e surpreendentemente a mulher sorriu, também.


– Está me ouvindo, Mel? – Darius bateu com força na porta. Ela sacudiu com sua força.


Como empresário Darius era um pé no saco, extremamente chato e rigoroso, embora muito competente no que fazia. Ou seja, me fazer ser o centro das atenções. Um homem muito atraente, já sabia muito bem como aliviar a tensão e me divertir às custas de alguém.


– Darius! – gritei, no mesmo instante simulei uma queda no chão escorregadio.


Darius apareceu afoito. O rosto tenso de preocupação, o cabelo dele é preto, penteado cuidadosamente com gel. As costeletas aparadas com precisão, a barba por fazer conferindo um ar selvagem. As sobrancelhas são grossas, e os olhos escuros.


– Está bem, Mel? – ele se abaixou ao meu nível, o rosto à centímetros do meu.


– Não é a Mel – eu forçava as lágrimas a escorrem por minha face. Quem diria que sou uma péssima artista?


– Bells? – com o polegar afagou minhas bochechas. Corei ao seu toque. O desejo em minhas extremidades. – Minha Bella


Seus braços formaram um círculo protetor ao meu redor.


– Eu te levo. Agora tudo ficará bem – fui erguida facilmente do chão frio.


– Me leva para o meu quarto – choraminguei em seu peito, apertando o tecido contra minhas narinas. Seu perfume almiscarado excitava-me.


Saímos de meu banheiro dirigindo-se para meu quarto. O apartamento era um dupléx no térreo, com uma espaçosa sala de estar, com uma grande e suntuosa lareira feita de mármore. Uma cozinha grande e arejada, todos os utensílios de última geração, não que eu fosse utilizar alguma coisa, haviam empregados.


No andar de cima havia o quarto principal com suíte, um quarto de hóspedes e uma sala para composição ensolarada, onde Bella geralmente compunha.


Darius me deitou gentilmente na cama king-size, os lençóis macios tocando meu corpo, segurei sua mão.


– Fica comigo, por favor – imitei a voz pastosa de Bella.


Ele assentiu suavemente. Seu peso fez o colchão afundar alguns centímetros. Darius permaneceu imóvel, até que cruzei a distância, minhas mãos pousando em seu peito definido sob a polo. Ele estremeceu e afastou-se.


– Bella? – havia confusão em seus olhos. Ele conhecia as atitudes dele, melhor do que ninguém. Teria que me esforçar mais.


– Da-ri-us, nenhum homem nunca poderá me desejar... – esfreguei os pulsos no rosto tornando minha aparência mais trágica.


– Não, é claro que não. Bella, eu te amo e sempre amei!- Que nojo! Patético!


– Claro que sim, sempre foi meu amigo – afaguei seu rosto, ele beijou minhas mãos.


– Não é isso, eu te amo. Eu te quero, penso em você desde que te vi na sua cidadezinha tocando aquele violão velho.


Sorri ternamente, toda essa situação me enojava. Não existia essa idiotice de amor. E sim, interesses e desejos mútuos. Um homem nunca se rebaixaria por amor à uma mulher.


Instantaneamente selei nossos lábios. Darius ficou surpreso, mas continuei a prensá-lo. Suspirei ao sentir seu desejo tocando minhas coxas.


Abri o zíper de suas calças, sugando sua língua para minha boca de forma erótica. Ele ficou estático, empurrando meu corpo para trás.


– Iris? – lambi os lábios.


– Demorou, baby. Quem mais seria? A estúpida da Bella... Ela nunca faria o que eu faço, muito menos tão bem – afaguei seu volume. – Que porra foi aquela?


– Cala a boca! – ele puxou minha nuca com violência. O beijo se iniciou novamente com fúria e desejo.


Sua língua explorando cada canto da minha boca, o laço do roupão se desfez, fiquei nua na sua frente. Suas mãos percorreram todo meu corpo com urgência, nesse momento já retirava sua camisa, ele levantou o quadril facilitando a saída da calça.


Suas mãos agarraram rudemente minhas nádegas, fazendo-me roçar em seu membro sobre a cueca.


– Levanta o rabo para o seu dono! – ele desferiu um tapa em minha bunda, minha intimidade molhou.


– Iris Luna não tem dono algum, e sim meros objetos sexuais. Você está aqui para isso, me dar prazer. - ri descaradamente ao fitar sua face contrariada.

– Repete isso, vadia. - ele entrelaçou meus fios soltos em sua mão, me forçando a encarar sua cara patética novamente.

No mesmo instante enfiei minha mão por dentro de sua boxer, envolvendo o volume mediano ao redor da palma de minha mão. Ele suspirou pesadamente.


Homens são como máquinas, basta pressionar o botão certo. Inicie movimentos ininterruptos em seu membro, ele duplicava de tamanho. Darius movimentou minha cabeça em direção para baixo.


Afastei sua última peça, fiquei frente de seu pau. A cabeça exibia o pré-gozo escorrendo pela fenda, lambi a pontinha o fazendo contrair os quadris. Literalmente caí de boca, o sugando completamente. Ele estocava rapidamente em minha boca, seu gozo estava perto, podia sentir seu membro enchendo-se cada vez mais.


– Ahh... – ele gemeu gozando em minha boca. Engoli tudinho, limpando todo seu membro com minha língua.


– Vem cá... – ele indicou com o dedo para seu colo. Sentei lentamente em sua ereção, as dobras escorregadias melando seu pau. – Tão apertadinha...


Suas mãos rodearam minha cintura, penetrando-me com fúria. Arquei meu corpo de prazer, minha mão foi à frente de meu corpo, passando a pressionar meu clitóris.


– Isso, pula vadia! – ele estocava fundo, nossas intimidades chocando-se violentamente.


Eu gemia descontroladamente, abrindo mais minhas pernas para recebê-lo.


Senti a velha sensação de uma fisgada no meu sexo, dessa vez o orgasmo vinha rápido. Minhas paredes contraíam-se espremendo o pau de Darius.


– Eu vou gozar... – anunciei meu líquido escorrendo entre minhas pernas.


Darius continuou a estocar até que liberasse seus jatos em mim. Ele suspirou e veio em minha direção, para selar nossos lábios. Me afastei, odiava intimidades depois de transar.


– Acabou, Darius. Não precisa se esforçar mais, já teve o que quis e eu também. Agora pode ir...


Ele me olhou irritado enquanto colocava sua calça novamente.


– Com certeza não é minha Bella


– Assim me ofende – soltei uma gargalhada cruel. – Nunca serei uma frígida como ela! E aproveite, pois ela nunca se deitará com uma patético como você, ou melhor homem algum. Ela é uma mulher incompleta!


– Como vocês podem coexistir juntas?! – ele gritava indo embora.

Não coexistimos!”, dissemos nós três juntas.

Continua...

--x--

N/A:

...(Autora discutindo com sua outra personalidade)
Ops...OMGG!
Estou surtando aqui comigo mesma. Não acredito que saíu um hentai decente de mim! Putz... eu devo ter uma Iris, não é possível.
Queridos, não sei expressar como escrever WS está me completando. Nunca pensei em escrever algo assim, WS está pondo minha forma de amadurecer na escrita à prova.O que mais me atraí nessa história é forma como posso retratar a Bella.
A doença dela não é mais segredo, não é? Sacaram?O próximo capítulo teremos uma explicação mais concreta sobre esse transtorno dela.E é claro, muitas cenas chocantes!
Quero agradecer as pessoas que me apoiaram imediatamente com a fic.
* Gih, que ouviu em primeira mão minha narrativa da história, quando ainda eram esboços de minha mente pertubada.
* Bruh, por estar sendo uma beta maravilhosa. E ouvindo minhas idéias quando ainda são esboços mau-feitos. Obrigada!
* N, pela capa maravilhosa e por ter deixado o lençol branco em casa e comentado.
* KK, pela milhares de perguntas que me inspiraram ainda mais. Amore, você me inspira!
E o todos os leitores que comentaram!Um grande beijo!













N/B by B.

Okay, meu primeiro capítulo como beta oficial de WS *Saltando histericamente*
Obrigada por confiar em mim Fefe. Prometo fazer o meu melhor o/. Mas.. enfim vamos a história contagiante de 'World's Stage'...
Caraca, eu sempre fui uma pessoa muito dada a se apaixonar por vilãs (é macabro, I now u_u) Mas, sei lá eles tem uma coisa a mais não tem? Como um imã de mistério que atrai, uma fascinação mórbida, por nós, simples mortais comuns e bonzinhos que só se ferram..Ta parey.
Por isso, mesmo sendo o primeiro capítulo, eu já digo que minha personagem preferida é a vagal da Iris, cara amei essa vaca, adoro mulheres seguras de si, e que se acham a última bolacha do pacote, porque fato, eu queria ser assim, deve ser muito f*** u_u
Mas.. o que foi a Melanie batendo no cara que tentava avançar o sinal sem consentimento com a Bella? Depois de bater nele Mel também conquistou minha simpatia, porque mostrou que não é nenhuma heroína monga e sofrida. O oriental filho da mãe se ferrou.. Qualé além de ter o P pequeno (como dizem né) ainda quer usar-lo a força? Vai a merda né o ximximnim.. u_u
E o que é esse Darius jesus, que homem bão sô, como outra fascinação mórbida, homens bons (na cama) me atraem...
Mas.. chega de Bella e suas afetadas metades..
O que dizer desse Edward. Jesus, eu tenho uma queda por Eddie papai que vou te contar viu, olha como ele é fofo, e essas duas sapecas em.. aiai já vejo que vou suspirar muuuuito aqui.. E vejo também que essas duas diabinhas vão me fazer dizer toda hora 'ai que lindas' ah vai dizer que tu não disse quando leu? Hunf...
Espero que tenham apreciado tanto o capítulo quanto eu, e espero ter feito um bom trabalho, amei betar WS o primeiro de muitos capítulos. Né Fefe???
Te amu amigaaa, parabéns pela imaginação e posta mais p****! u_u
Kiss. B

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