quinta-feira, 15 de março de 2012

DV - ( Terceiro Ato)

Terceiro Ato

Doutor Joseph Stanfield, um monstro, um psicopata absoluto.

Conforme Bella avançava pelo hospital tinha a sensação de uma terceira pessoa – além dela e do oficial - talvez ela tivesse mergulhado fundo na história do Brick Black, tão fundo que assustou Jasper. O amigo ficou na recepção, esperando por ela. A jornalista desceu ao subsolo por uma espécie de elevador de manivela, as antigas estruturas do prédio pareciam conversadas e presas a década de quando foi erguido. O oficial abriu as grades de ferro, observando a linda mulher que se movimentava com passos sinuosos e seguros. Nem por um segundo sentiu qualquer resquício de medo.
Ela repassava a conversa que tivera com o diretor do Brick Black – o asqueroso doutor Frederick Chilton. Swan achou melhor ser honesta e dizer que era uma jornalista, porém seu verdadeiro objetivo permaneceu oculto. Em suma, ela era uma jornalista fascinada por psicopatas modernos, que planejava escrever uma matéria para impactar sua carreira.
Dr. Chilton analisava a jornalista. Uma jovem ambiciosa com um semblante astuto, e as feições incomparáveis; o nariz delicado, os lábios cheios de promessas e aqueles olhos castanhos altivos e perspicazes.
— Doutor Joseph Stanfield, um monstro, um psicopata absoluto. É tão raro encontrar um vivo. — Sr. Chilton sorriu, destacando as rugas ao redor dos olhos pequeninos. As mãos gordas acariciando uma caneta de ouro, os olhos presos nas pernas alvas de Swan. — Em termos de pesquisa, Joseph é nosso espécime mais raro — Então, o médico perverso emendou: — Recebemos alguns jornalistas, mas não me lembro de nenhum tão atraente.
Swan mordeu os lábios resistindo ao impulso de colocar o médico em seu devido lugar. Em vez disso, resolveu controlar seu mau gênio. Ele continuou:
— Você faz o tipo dele... — o médico disse evasivo.
— Como? — Swan questionou.
— Moças bonitas o estimulam. Tentamos estudá-lo, mas ele é sofisticado demais para os exames. Meu Deus, como ele nos odeia. Ele me considera sua maldição.
Swan imediatamente teve uma simpatia instantânea por Joseph.
O oficial a conduziu até a grade de ferro reforçado, passou uma das chaves do molho e em seguida quando Swan atravessou, ele tornou a trancar. Deixando-a sozinha do outro lado.
— O enfermeiro responsável pela ala irá acompanhá-la.
Então um homem todo trajado de branco surgiu, tinha o semblante cansado, embora os olhos fossem atentos e rápidos.
— Dr. Chilton me avisou que desceria. Por favor, me acompanhe senhorita.
Novamente Swan foi levada a um caminho até os confins do lugar. Quanto mais desciam ao nível subterrâneo, os tijolos que revestiam as paredes escureciam.
— Supersticiosos dizem que é por conta da podridão dos sentimentos que esse lugar carrega — o enfermeiro confidenciou a Swan. Depois citou as normas do hospital. — Não toque ou se aproxime do vidro. Não lhe passe nada além de papel. Sem lápis, caneta, grampos ou clipes no papel. Use o passa-prato e nada mais. Se ele lhe passar alguma coisa, não aceite. Está entendido?
Swan se sentia como uma criança sendo instruída pela mãe zelosa. Eles viraram por um último corredor.
— Vou lhe mostrar porque insistimos nessas precauções de cuidado. Na tarde de 8 de julho de 2007, ele se queixou de dor no peito e foi levado à enfermaria. A focinheira foi retirada para ele fazer o eletro. Quando a enfermeira curvou-se sobre ele... Joseph cravou os dentes no rosto da mulher, arrancando boa parte do lado direito dela. Os médicos mal conseguiram recolocar a mandíbula e salvar um dos olhos. O pulso dele não passou de 85, mesmo quando comeu a língua dela.
Ele abriu a porta blindada e com travas internas de chumbo. Na pequena sala que antecedia as celas especiais, uma equipe de enfermagem monitorava os pacientes-detentos. Várias câmeras instaladas pelo corredor.
O enfermeiro-chefe que acompanhava Swan a levou até ao último portão que a levaria até o psiquiatra condenado. Antes, ele a advertiu.
— Não lhe diga nada pessoal. Posso garantir que não vai querer Joseph dentro da sua cabeça. — soou como um presságio maligno. Ela atravessou o portão e novamente foi trancada.
— Ficarei vigiando, vai se sair bem. Coloquei uma cadeira para você.
— Obrigada — Swan respondeu, suas pernas moviam-se contra sua vontade. Cadê a merda do instinto de sobrevivência? Por que estou fazendo isso? Bella exortava.
O barulho dos seus saltos no piso de lináceo impecavelmente limpo, chamou a atenção dos presos. Alguns deles ergueram-se de suas camas, e interromperam pequenos afazeres para descobrir de onde se originou o som feminino. O aroma frutíceto do perfume de Swan despertou a libido masculina, depois de um longo tempo sem ver ou tocar em formas tão suculentas.
Swan não pestanejou, manteve o andar e ergueu o queixo, destemida. Na última cela anterior a de Joseph, um dos detentos pulou na grade, chacoalhando as mãos tentando segurá-la e gritava, lançando partículas de saliva em sua direção:
— Sinto o cheiro da sua boceta daqui, está brilhando de tesão!
Pela primeira vez Swan se sentia verdadeiramente intimidada.
— Ele é inofensivo, não pode te fazer nada. Ele nem ousaria, afinal é minha convidada. — uma voz com resquícios de sotaque inglês aristocrata afugentou os temores de Swan. Ela teve dúvidas em associar aquela voz suave e máscula a um assassino tão brutal.
A última cela que pertencia a Joseph era diferente das demais. Não era uma grande grade que o impedia de fugir e o aprisionava. E sim um vidro temperado com diversos furos necessários para que o ar entrasse. E uma espécie de gaveta para passar a alimentação e possíveis outros objetos. Swan catalogou todo o lugar para análises futuras. A cela mantinha uma limpeza hospitalar, as roupas de cama impecavelmente arrumadas e dobradas sem qualquer viço. E inúmeros retratos feitos por alguém com um dom surpreendente.
Até que seus olhos se encontraram com os dele, um azul inominável – brilhante e com uma sabedoria atordoante em cada fragmento de cor. Swan imaginava encontrar um ex-médico maltratado pela loucura interna, os instintos de assassino, com os fios grisalhos pendendo na altura do queixo, e talvez a boca espumando. Mas, nunca imaginaria tal beleza encobrindo a loucura de um psicopata.
Joseph parecia pertencer à realeza de algum pequeno país do qual ninguém nunca tinha ouvido falar. Seu corpo tinha proporções perfeitas, notáveis mesmo sob o macacão verde-escuro que era obrigado a usar. O tecido rude devidamente passado modelava o peito largo esculpido no mármore. Suas feições marcantes – o nariz reto e com a ponta ligeiramente fina. O cabelo negro penteado impecavelmente para trás.
Ela pensava que nunca encontraria um homem que se comparasse a Edward. Estava equivocada.
Sua linha de pensamentos fora quebrada, quando Joseph se aproximou.
— É um prazer conhecê-la, senhorita?
— Swan. Isabella Swan.
— É realmente um verdadeiro prazer, senhorita Swan.
Continua na Próxima Cena...

 --x--

N/A:

Trouxe um presente para todos vocês... Um capítulo novinhooo!
Eu adorei escrever esse capítulo, vinha sonhando com esse encontro a muito tempo. Sem querer menosprezar o DV, mas o Joseph faz mais meu tipo kkkkkkkkk
Eu tenho um declínio por todo esse lado sombrio, e está bem visível nesse capítulo.Juro que vou me esforçar para o próximo ser bem MAIOR, e ter de tudo um pouco: romance, suspense, investigação, hentai *-*
Beijos!

 N/B:

Uhuul...mais um capítulo de DV na área para começarmos bem 2012. Aliás, Feliz Ano Novo a todos. Que ele seja fantástico. E de muita inspiração para nossa autora linda....e surtadinha.
Gente do céu...eu tô tensa. Que local sombrio. Cara, eu não entrava aí nem a pau. E que pessoas estranhas trabalham ali.
E como assim o louco comeu metade do rosto da enfermeira? E comeu a língua dela? Aaaaaaaaaah, que horror. OMG... já estaria correndo para fora desse lugar e aos gritos. Eu, heim. É Swan não bate bem não. Fataço.
E que mané história é essa de beleza comparada à de Edward? Hunf!
Que loucura isso, né? Estou curiosa e com medo de conhecer mais de Joseph. Será que DV tem ligação com ele? Hum, pelo menos a beleza tem em comum. Viu, homem bonito é roubada! Kkkkkk.....ok, parei.
E ai esse final me arrepiou. Nunca que quero ouvir de um psicopata que É um verdadeiro prazer me conhecer. Tá louca? Eu gosto de viver.
Aaaaaaaaaaah, Paixão...adorei o capítulo. Ansiosa demais por essa conversa.
MUITO BOM. Te amo demais!
Beijão *-*


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