Terceiro Ato
Doutor Joseph Stanfield, um monstro, um psicopata absoluto.
Conforme
Bella avançava pelo hospital tinha a sensação de uma terceira pessoa –
além dela e do oficial - talvez ela tivesse mergulhado fundo na história
do Brick Black, tão fundo que assustou Jasper. O amigo ficou
na recepção, esperando por ela. A jornalista desceu ao subsolo por uma
espécie de elevador de manivela, as antigas estruturas do prédio
pareciam conversadas e presas a década de quando foi erguido. O oficial
abriu as grades de ferro, observando a linda mulher que se movimentava
com passos sinuosos e seguros. Nem por um segundo sentiu qualquer
resquício de medo.
Ela repassava a conversa que tivera com o diretor do Brick Black
– o asqueroso doutor Frederick Chilton. Swan achou melhor ser honesta e
dizer que era uma jornalista, porém seu verdadeiro objetivo permaneceu
oculto. Em suma, ela era uma jornalista fascinada por psicopatas
modernos, que planejava escrever uma matéria para impactar sua carreira.
Dr.
Chilton analisava a jornalista. Uma jovem ambiciosa com um semblante
astuto, e as feições incomparáveis; o nariz delicado, os lábios cheios
de promessas e aqueles olhos castanhos altivos e perspicazes.
—
Doutor Joseph Stanfield, um monstro, um psicopata absoluto. É tão raro
encontrar um vivo. — Sr. Chilton sorriu, destacando as rugas ao redor
dos olhos pequeninos. As mãos gordas acariciando uma caneta de ouro, os
olhos presos nas pernas alvas de Swan. — Em termos de pesquisa, Joseph é
nosso espécime mais raro — Então, o médico perverso emendou: —
Recebemos alguns jornalistas, mas não me lembro de nenhum tão atraente.
Swan
mordeu os lábios resistindo ao impulso de colocar o médico em seu
devido lugar. Em vez disso, resolveu controlar seu mau gênio. Ele
continuou:
— Você faz o tipo dele... — o médico disse evasivo.
— Como? — Swan questionou.
—
Moças bonitas o estimulam. Tentamos estudá-lo, mas ele é sofisticado
demais para os exames. Meu Deus, como ele nos odeia. Ele me considera
sua maldição.
Swan imediatamente teve uma simpatia instantânea por Joseph.
O
oficial a conduziu até a grade de ferro reforçado, passou uma das
chaves do molho e em seguida quando Swan atravessou, ele tornou a
trancar. Deixando-a sozinha do outro lado.
— O enfermeiro responsável pela ala irá acompanhá-la.
Então um homem todo trajado de branco surgiu, tinha o semblante cansado, embora os olhos fossem atentos e rápidos.
— Dr. Chilton me avisou que desceria. Por favor, me acompanhe senhorita.
Novamente
Swan foi levada a um caminho até os confins do lugar. Quanto mais
desciam ao nível subterrâneo, os tijolos que revestiam as paredes
escureciam.
— Supersticiosos dizem que é por conta da podridão
dos sentimentos que esse lugar carrega — o enfermeiro confidenciou a
Swan. Depois citou as normas do hospital. — Não toque ou se aproxime do
vidro. Não lhe passe nada além de papel. Sem lápis, caneta, grampos ou
clipes no papel. Use o passa-prato e nada mais. Se ele lhe passar alguma
coisa, não aceite. Está entendido?
Swan se sentia como uma criança sendo instruída pela mãe zelosa. Eles viraram por um último corredor.
—
Vou lhe mostrar porque insistimos nessas precauções de cuidado. Na
tarde de 8 de julho de 2007, ele se queixou de dor no peito e foi levado
à enfermaria. A focinheira foi retirada para ele fazer o eletro. Quando
a enfermeira curvou-se sobre ele... Joseph cravou os dentes no rosto da
mulher, arrancando boa parte do lado direito dela. Os médicos mal
conseguiram recolocar a mandíbula e salvar um dos olhos. O pulso dele
não passou de 85, mesmo quando comeu a língua dela.
Ele abriu a
porta blindada e com travas internas de chumbo. Na pequena sala que
antecedia as celas especiais, uma equipe de enfermagem monitorava os
pacientes-detentos. Várias câmeras instaladas pelo corredor.
O
enfermeiro-chefe que acompanhava Swan a levou até ao último portão que a
levaria até o psiquiatra condenado. Antes, ele a advertiu.
— Não
lhe diga nada pessoal. Posso garantir que não vai querer Joseph dentro
da sua cabeça. — soou como um presságio maligno. Ela atravessou o portão
e novamente foi trancada.
— Ficarei vigiando, vai se sair bem. Coloquei uma cadeira para você.
— Obrigada — Swan respondeu, suas pernas moviam-se contra sua vontade. Cadê a merda do instinto de sobrevivência? Por que estou fazendo isso? Bella exortava.
O
barulho dos seus saltos no piso de lináceo impecavelmente limpo, chamou
a atenção dos presos. Alguns deles ergueram-se de suas camas, e
interromperam pequenos afazeres para descobrir de onde se originou o som
feminino. O aroma frutíceto do perfume de Swan despertou a libido
masculina, depois de um longo tempo sem ver ou tocar em formas tão
suculentas.
Swan não pestanejou, manteve o andar e ergueu o
queixo, destemida. Na última cela anterior a de Joseph, um dos detentos
pulou na grade, chacoalhando as mãos tentando segurá-la e gritava,
lançando partículas de saliva em sua direção:
— Sinto o cheiro da sua boceta daqui, está brilhando de tesão!
Pela primeira vez Swan se sentia verdadeiramente intimidada.
—
Ele é inofensivo, não pode te fazer nada. Ele nem ousaria, afinal é
minha convidada. — uma voz com resquícios de sotaque inglês aristocrata
afugentou os temores de Swan. Ela teve dúvidas em associar aquela voz
suave e máscula a um assassino tão brutal.
A última cela que
pertencia a Joseph era diferente das demais. Não era uma grande grade
que o impedia de fugir e o aprisionava. E sim um vidro temperado com
diversos furos necessários para que o ar entrasse. E uma espécie de
gaveta para passar a alimentação e possíveis outros objetos. Swan
catalogou todo o lugar para análises futuras. A cela mantinha uma
limpeza hospitalar, as roupas de cama impecavelmente arrumadas e
dobradas sem qualquer viço. E inúmeros retratos feitos por alguém com um
dom surpreendente.
Até que seus olhos se encontraram com os
dele, um azul inominável – brilhante e com uma sabedoria atordoante em
cada fragmento de cor. Swan imaginava encontrar um ex-médico maltratado
pela loucura interna, os instintos de assassino, com os fios grisalhos
pendendo na altura do queixo, e talvez a boca espumando. Mas, nunca
imaginaria tal beleza encobrindo a loucura de um psicopata.
Joseph
parecia pertencer à realeza de algum pequeno país do qual ninguém nunca
tinha ouvido falar. Seu corpo tinha proporções perfeitas, notáveis
mesmo sob o macacão verde-escuro que era obrigado a usar. O tecido rude
devidamente passado modelava o peito largo esculpido no mármore. Suas
feições marcantes – o nariz reto e com a ponta ligeiramente fina. O
cabelo negro penteado impecavelmente para trás.
Ela pensava que nunca encontraria um homem que se comparasse a Edward. Estava equivocada.
Sua linha de pensamentos fora quebrada, quando Joseph se aproximou.
— É um prazer conhecê-la, senhorita?
— Swan. Isabella Swan.
— É realmente um verdadeiro prazer, senhorita Swan.
Continua na Próxima Cena...
--x--
N/A:
Trouxe um presente para todos vocês... Um capítulo novinhooo!
Eu adorei escrever esse capítulo, vinha sonhando com esse encontro a muito tempo. Sem querer menosprezar o DV, mas o Joseph faz mais meu tipo kkkkkkkkk
Eu tenho um declínio por todo esse lado sombrio, e está bem visível nesse capítulo.Juro que vou me esforçar para o próximo ser bem MAIOR, e ter de tudo um pouco: romance, suspense, investigação, hentai *-*
Eu adorei escrever esse capítulo, vinha sonhando com esse encontro a muito tempo. Sem querer menosprezar o DV, mas o Joseph faz mais meu tipo kkkkkkkkk
Eu tenho um declínio por todo esse lado sombrio, e está bem visível nesse capítulo.Juro que vou me esforçar para o próximo ser bem MAIOR, e ter de tudo um pouco: romance, suspense, investigação, hentai *-*
Beijos!
N/B:
Uhuul...mais um capítulo de DV na área para começarmos bem 2012. Aliás, Feliz Ano Novo a todos. Que ele seja fantástico. E de muita inspiração para nossa autora linda....e surtadinha.
Gente do céu...eu tô tensa. Que local sombrio. Cara, eu não entrava aí nem a pau. E que pessoas estranhas trabalham ali.
E como assim o louco comeu metade do rosto da enfermeira? E comeu a língua dela? Aaaaaaaaaah, que horror. OMG... já estaria correndo para fora desse lugar e aos gritos. Eu, heim. É Swan não bate bem não. Fataço.
E que mané história é essa de beleza comparada à de Edward? Hunf!
Que loucura isso, né? Estou curiosa e com medo de conhecer mais de Joseph. Será que DV tem ligação com ele? Hum, pelo menos a beleza tem em comum. Viu, homem bonito é roubada! Kkkkkk.....ok, parei.
E ai esse final me arrepiou. Nunca que quero ouvir de um psicopata que É um verdadeiro prazer me conhecer. Tá louca? Eu gosto de viver.
Aaaaaaaaaaah, Paixão...adorei o capítulo. Ansiosa demais por essa conversa.
MUITO BOM. Te amo demais!
Beijão *-*
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