sexta-feira, 16 de março de 2012

WS — Capítulo 7




Capítulo 7 - An angel and a devil

"Cada um de nós carrega a luz e as trevas. O que nos faz anjos e demônios existindo e destruindo juntos"


Edward a observava se vestindo apressadamente.
– Estou muito atrasada – disse ela, pulando para encontrar as roupas íntimas.
Ele ergueu com o polegar o sutiã dela. Um sorriso maroto contraindo o rosto.
– Obrigada. Minha vó vai me matar... – Edward ergueu a sobrancelhas, preocupado.
– Não por isso, bobo. Ela odeia atrasos.
– Todas que trabalham lá, são suas familiares?
– Sim. Minha vó criou a mim e minha irmã mais nova, Jane. Minhas primas Kate a Heidi vivem conosco. Todas nós gerenciamos a lanchonete.
– Precisam de um homem.
– Isso é uma proposta?
– Talvez... – Edward se ergueu. Terminou de abotoar a camisa. Escovou os dentes, esfregou a cabeça com uma toalha, penteou os cabelos com as mãos, depois uma escova.
– Edward, isso pode terminar aqui. Como uma noite de diversão, carência qualquer outro sinônimo que queria dar. Não vou ficar implorando sua atenção, e nem qualquer compromisso desnecessário.
– Apenas uma coisa me incomoda... – ele a fitou nos olhos. – A sua capacidade de interpretar errado minhas palavras.
Ele a apertou nos braços.
– Vou ser sincero... Me divorcie faz um ano, depois que minha mulher me traiu e abandonou nossa família. Tudo que me restou foram minhas filhas, dívidas e um coração extremamente ferido. – ele pausou, dando espaço para ela absorver todas as informações. – Não posso te prometer uma história romanceada. Abri mão disso. Porém, eu não menti quando disse que não sou como tantos outros. Realmente não quero me aproveitar de você.
– Quero tentar algo com você, não vou ser hipócrita.
– Eu também, Rose. Quero muito te conhecer melhor. Podemos tentar.
– Claro. Já disse que sim.
Após os protestos de Edward em levá-la até a lanchonete, pois toda a família vivia no andar superior. Rosalie partiu com uma pressa sobrehumana.
Edward preparou as meninas para deixá-las na escola, o coração apertou ao ver os olhinhos úmidos de sono. Depois seguiu até o apartamento de Bella, seu estômago revirava desagradavelmente. Estava nervoso com a reação de Bella. Não sabia o que esperar.


[...]

Ao erguer as pestanas Bella sentiu uma dormência que se estendia por todo seu corpo. Respirou fundo, e esperou alguns segundos até que seu corpo despertasse. Aos poucos as lembranças de ontem foram cedendo, dando lugar ao constrangimento, a sensação de incômodo na boca do estômago, o calor invadindo o seu ventre com o beijo de Edward.
Bella levantou da cama abruptamente tentando em vão dispersar a linha de pensamentos. Não podia acontecer.
“Não há nada de errado. Não se culpe”
Melanie disse para Bella, tentando confortar a amiga.
“Oi, sumida. Sabe que não posso me dar essas esperanças. Sou uma mulher incompleta, ele é homem no final de contas.”
No mesmo instante recordou-se das lembranças as quais Iris a submetia somente para torturá-la. Vários homens possuindo seu corpo.
“Nem todos são como os homens que Iris se deita.”
“Talvez, Darius é diferente. O mais importante é que eu não sou uma mulher, abri mão disso.”
Melanie guardou sua opinião para si. Se Bella um dia tivesse a leve impressão que Darius se deitou com Iris pensando nela, as conseqüências seriam as piores possíveis.
“Se dê uma chance de ser feliz”
Melanie sabia ser teimosa quando queria. Sua intuição lhe avisava que Edward era diferente, algo nos olhos dele, era livres de qualquer mancha; honestos e verdadeiros.
“Não vou alimentar ilusões. Pare com isso”
Bella era igualmente teimosa. Mel suspirou, por enquanto daria uma trégua, mas não desistiria. Ela acreditava piamente que a chave da libertação de Bella, é felicidade.
Bella se encaminhou até o banheiro, fitando seu reflexo no espelho. O rosto cansado apesar das horas de sono, pela maneira que a luz batia nas janelas. Era de tarde. Sua barriga deu um ronco tenebroso. Mel riu silenciosamente.
Estavam felizes livres momentaneamente da presença de Iris.
Bella gostava da sua aparência dessa maneira. Sem resquícios de maquiagem, a pele lisa como cetim, brilhando suavemente com a luz fluorescente. Essa simplicidade lhe recordava da garota do interior que foi um dia.
Com os pés descalços aproveitando a sensação de liberdade, desceu até a cozinha. Ao chegar, ficou atônica. Ume pequena menina estava sentada no banco, desfrutando de uma refeição.
Ela fitou Bella com a boca cheia, algo nessa garotinha a fez pensar instantaneamente em Edward. Talvez fossem os olhos verdes profundos, ou todo o conjunto; pele clara contra os cabelos acobreados, as bochechas rosadas. Ela esboçou um sorriso infantil na direção de Bella.
Bella sentiu os olhos úmidos. Aquela criança era um anjo bem na sua cozinha. Em questão de segundos a pequena estava em seus braços, a apertando em um abraço.
– Você é o anjo que me salvou. – ela enrolava o cabelo macio de Bella entre os dedos.
O acidente, claro! Bella se lembrou da menininha no meio da rua, a expressão de terror quando um carro se aproximava, em como preferiu arriscar sua própria vida em prol dessa criança.
– Então você é a filhinha de Edward? – Bella perguntou enquanto a sentava na mesa da cozinha. Os olhos verdes tinham um brilho inexplicável, exatamente como os dos pai, capaz de fazer Bella perder a fala.
– Sim, meu pai trabalha para você, não é? – ela brincava com uma mecha do cabelo de Bella.
– Sim, bebê. – Bella respondeu sem pensar.
A pequenina soltou uma risada que mais parecia um canto de um passarinho.
– Meu papai me chama de bebê, também. Qual o seu nome?
– Bella. – Bella estava encantada com cada palavrinha desse anjinho.
– Me chamo Sophie.
– Sophie? – a voz rouca de Edward fez com que as pernas de Bella tremessem.
– Papai! – Sophie lançou um sorriso faiscante para o pai. – Ela não é linda, pai?
Bella corou ao perceber que Sophie se referia a ela. Ficou curiosa pela resposta de Edward, não resistiu e virou o rosto.
Quando os dois se olharam, perceberam que era impossível negligenciar o beijo que ontem à noite. Estava impresso no rosto de ambos, o desejo, a paixão que buscaram aquele simples ato. Bella corou ainda mais ao pensar na sensação dos lábios aveludados dele contra os seus, a força nos braços ao apertar sua cintura.
Edward ficou sem palavras ao ver a verdadeira beleza de Bella. Livre de cosméticos que só a escondiam, os cabelos em uma desordem natural, as bochechas rubras dando um ar de inocência. Às vezes ele tinha a impressão de Bella ser uma menina assustada e sem rumo. Era isso que os olhos chocolates transmitiam, mas agora não estavam coléricos, havia um brilho.
– Com certeza, minha filha – Edward não pode mentir.
Sophie bateu as palmas, satisfeita com a resposta. Edward nunca viu sua filha tão a vontade com outra pessoa, geralmente era tão reservada. A atração que Bella exercia não passou despercebida a Sophie.
– Me desculpe, Bella. A pessoa que toma conta dela, teve um compromisso mais cedo, Mas, já a estou levando embora.
– Não! – Bella disse bruscamente. – Quer dizer, não me importo. Sua filha é adorável. Ela pode vir para cá quando quiser.
– Sério? – Sophie ficou extasiada com a possibilidade de ficar mais perto de Bella.
– Claro, bebê – Bella ajeitou Sophie em seu colo. Dando um beijo no rostinho de querubim.
O coração de Edward se encheu de uma alegria intangível.


[...]

Darius entrou no quarto de Bella, se deparando com a presença de Sophie. As duas assistiam um filme deitadas na cama.
– Bella. Quem é ela? – Sophie se encolheu envergonhada.
– Essa é Sophie, filha de Edward.
Darius franziu o cenho, não gostava dessa proximidade da vida de Edward com a de Bella. Mas, não podia negar que ela estava feliz.
– Marquei uma consulta para você hoje.
– Hoje? Por quê?
– Bom, depois dos acontecimentos de ontem. Achei melhor.
Bella franziu o cenho, ver Sarah, era a mesma coisa que estampar um lembrete na sua testa que era doente. Esses poucos momentos que passou com Sophie a fizeram esquecer.
Sophie entrelaçou sua mão com a de Bella. Era uma criança especial, parecia sentir a apreensão de Bella.
– Edward vai te acompanhar. Tenho que acertar uns detalhes para hoje a noite. Temos de aniversário da gravadora.
Bella soltou um suspiro frustrado, novamente no meio de pessoas que visam apenas o capital, ricas em dinheiro e pobres em espírito.


[...]

Após terem deixado Sophie na casa de Heather, ambos percorreram o caminho até a clínica em silêncio. Os dois com receio da onde seus pensamentos e palavras o levariam. Bella o observava silenciosa, Edward colocava suas reações a prova. Nunca mais pensou ser capaz de sentir atração por qualquer homem, mas a beleza de Edward provou o contrário.
Ela desejava acompanhar a estrutura dos ombros largos com as mãos, afastar a camisa social e deslizar os dedos pela barriga definida. Sentir o hálito dele tocando suas têmporas em uma carícia.
“Você o deseja no meio de suas pernas. Te comendo como um animal”
Bella arfou com a interferência de Iris em sua intimidade. Os fantasmas sempre voltam.
“Me deixa em paz!”
Bella enfiou as mãos nos cabelos, sua cabeça latejava. Edward parou o carro e a olhou preocupado.
– Bella, está tudo bem?
Bella parecia perdida em seus pensamentos, Iris aglomerava sua mente com imagens depravadas.
– Pará com isso!!! – Bella gritou.
Edward imediatamente foi para trás, puxando Bella para seus braços. Ela balbuciava coisas inteligíveis, entre elas, Edward pode ouvir:
– Me deixa em paz, Iris...
– Calma, meu amor. Tudo vai ficar bem. Estou aqui. – a voz de Edward trouxe Bella de volta a superfície da consciência.
Os dois ficaram vários minutos entrelaçados em um abraço, apenas acompanhando o coração um do outro. Bella se sentia segura, com a presença de Edward, ela foi capaz de erguer uma parede contra a presença de Iris.
– Estou melhor. Me perdoa. – ela se ergueu, enxugando o rosto úmido.
– Tem certeza? – Edward pegou o rosto de Bella entre suas mãos, o mar colérico estava de volta.
Ele tinha plena certeza de Bella não era uma mulher comum. Havia uma dor muito além da comum, que a torturava. E isso não o compelia, o aproximava dela. Ele desejava ser a cura para sua dor.
– Tenho sim. – Bella respondeu, embora desejasse os braços de Edward a comprimindo com mais força.
Edward não resistiu, e acariciou seus lábios na bochecha de Bella. Em seguida voltando à direção do carro.
– É aqui? – Edward estacionava o carro em frente à clínica de Sarah Hart. Um prédio com apenas dois andares, a arquitetura temporal em cores neutras.
– Sim. – Bella disse simplesmente, estava apreensiva pelo que Edward iria pensar por ela visitar uma psiquiatra.
Ele deu a volta, abrindo a porta gentilmente para a Bella.


[...]

– Bella. – Sarah estava na recepção, ele arqueou as sobrancelhas com a presença de Edward.
– Dra. Hart – Bella acenou com a cabeça.
Ela notou os olhos de Edward presos em Bella. Eles transpareciam preocupação.
– Vamos começar? – ela indicou seu consultório.
Edward pegou a mão de Bella entes que ela entrasse.
– Estarei aqui fora te esperando.
Bella corou, lançando um sorriso em resposta.


Bella percorreu os olhos pela tão conhecida sala. Se sentou no pequeno divã laranja, seu lugar de costume. E como sempre a velha sensação de estar sendo analisada minuciosamente.
Sarah Hart ajeitou os óculos no nariz germânico, hoje os cachos ruivos estavam soltos caindo pelos ombros.
– Bella, aquele homem que te acompanhava? – ela ergueu os olhos por entre a armação.
– Edward. Darius o contratou para ser meu segurança em tempo integral. Você Sabe que o perigo sou eu mesma.
– Talvez não seja somente você. Fiquei sabendo do atentado de ontem à noite. Como está se sentindo? – a pergunta dava amplitude a várias respostas diferentes. E Sarah tinha plena consciência disso.
– Estou viva, graças a Edward. Ele me salvou.
– Vejo que vocês tiveram uma ligação. – Sarah disse casualmente, sem dar muita importância. Esperando a reação de Bella.
– Ele é meu segurança. Claro que temos que ter uma boa relação – Bella não era estúpida, sabia que Sarah estava jogando verde. Ela se recusava a se abrir nesse aspecto.
– Certo. E Iris o que acha dele?
– Dessa vez não sei. Ela não deixou explícito.
Bella cruzou as pernas no sofá, se sentia intimidada com a consulta. Era como enganar a si mesma, não havia como se curar.
– Dra, eu gostaria de ir embora... Foi Darius quem marcou a consulta.
– Você pode ir à hora que quiser, Bella.
– Tudo bem. – Bella levantou. Dessa vez não cairia nos joguinhos psicológicos de Sarah. Estava cansada, e a noite prometia.
– Até a próxima consulta. – Dra. Hart abriu a porta, observando Bella sair acompanhada de Edward.
A forma como ele a fitava destoava de apenas uma conexão profissional, a postura de Bella relaxava ao seu lado.
Assim que os dois saíram, Sarah sacou seu celular.
– Darius – ela disse assim que ouviu a voz sensual dele.
– Como foi? – a voz de Darius era extremamente curiosa.
– Eu a sondei como pediu. Acho que está acontecendo algo entre os dois – Sarah não se importou de confidenciar os segredos entre paciente e cliente.
Sua recompensa era suficiente boa para se sentir acusada. Uma boa quantia de dinheiro e uma boa rodada de sexo com Darius.
– Obrigado. Vou dar um jeito nisso – ele desligou.

--x--

N/A:

Demorei muito não, não é?
Espero que eu ainda tenha leitoras. A noite entre Rose e Edward foi necessária. Mas, eu recompensei bem nesse capítulo.
O Ed é tão perfeito. Nem preciso comentar que ele está sacando boa parte do problema da Bella.
E o Darius? Cachorro, está de olhos bem abertos.
Adorooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!
Estou pensando seriamente em acelerar os fatos com a Bella e o Edward, sem falar que tem Iris no meio.
E a Mel também. Notaram que ela simpatizou com o bom moço?
Bom é isso aí.
Espero que tenham gostado, não teve hentai. Mas acho que teve um conteúdo.
Um beijo enorme!


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