Boa leitura!
Espero que se apaixonem por essa história tanto quando eu sou incondicionalmente apaixonada.
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Capítulo
1
Minha Vida
Eu não poderia estar mais dispersa
ao mundo a minha volta. Era incrível minha capacidade de entrar num estado de
inércia, quando me era conveniente — principalmente na aula de cálculo. Argh!
O professor travava uma batalha épica com grupo de
louras sentadas na primeira fileira, afinal ele estava pondo à prova um único
neurônio — e quando digo Um, me
refiro um para as três
Por isso estava livre para vagar
aonde com minha mente bem entendesse.
De soslaio captei uma
movimentação suspeita na janela que dava para o ginásio poliesportivo. Que logo
se revelou não se tratar de uma peça pregada pelos meus sentidos lentos e
limitados. Um rapaz lindo surgiu atrás da vidraça — seus cabelos louros
luzidos, por conta dos raios do sol — lançando um sorriso matreiro em minha
direção, e acenando com o dedo para que eu saísse da sala. Engasguei com a
borracha do lápis em minha boca, e quase caí para trás. Óbvio que minha até
então tentativa de passar despercebida falhou. Todos se viraram para me fitar.
Senti meu pescoço ferver, e o
calor subiu para meu rosto, também. As bochechas latejando — um sinal vermelho
de trânsito deveria ser um micro
pisca-pisca de natal comparado ao meu rubor.
Tentei me levantar com a pouca
dignidade que me restava, e novamente fracassei ao tropeçar em minha própria
mochila. Caindo de cara no chão, mas como tudo tem seu lado positivo na vida —
pelos menos eu prefiro acreditar nisso — ninguém reparou na aparição do louro.
— Srta. Swan, tudo bem?
— Depende, professor. O senhor
se refere a minha dignidade ou aos danos físicos? — ele alteou a sobrancelha
esperando uma resposta. — Bom, ao que se refere a minha dignidade... O dano foi
permanente, e quando aos danos causados por essa peripécia, nada que eu já não
esteja acostumada.
O silêncio foi quebrado por uma
rodada de risos dos meus “colegas” de classe, que prefiro nomeá-los como
estranhos de classe. Eles não interferem na minha bolha particular de rebeldia,
e eu faço de minha presença no mundinho deles tão substancial quanto um
fantasma.
Essa era minha rotina diária no Three Rivers High School — meu inferno
pessoal.
Enfim, depois dos focas
terminarem de bater palmas, e rirem da desgraça alheia. Pedi permissão para me
ausentar da sala, com a desculpa de ir à enfermaria. Mas, na verdade desviei
meu caminho para o estacionamento da escola. Encontrando o mesmo rapaz louro me
aguardando na garupa de sua moto preta reluzente.
Nikolas riu a me ver. Os olhos
ficando pequeninos com as rugas envolta deles por causa da risada. Os lábios
finos numa curva para cima, divertido. Meu irmão era quase um deus grego de tão
lindo. Os cabelos louros e os olhos azuis deixavam as meninas malucas por ele. Também,
com aquele ar de bad boy, quem não
cairia no charme dele?
— O que foi aquela cena toda na
aula?
— Idiota. — me limitei a dizer.
Ainda não havia superado sua ausência no período escolar.
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Há cerca de um ano atrás, minha
mãe se casou com Phil. E meu amado padrasto ficou obcecado com a idéia de seus
enteados estudarem em uma instituição com o ensino de ponta. Afinal, qual era o problema com Brooklin
Hish School, meu sacro lar? Enfim, Phil se prontificou em arcar com nossas
despesas educacionais. Renée o proibiu de desembolsar qualquer tostão. Ela
alegava que era o
dever dela, por fim, nos inscreveu em vários programas sendo a Three Rivers uma das que aceitou
abrir concessões de bolsas – claro que com uma mãozinha muito hábil como a de
Phil e sem que minha mãe soubesse. Depois de alguns trancos e ameaças por parte
de minha digníssima mãe, passei no teste de admissão.
Bom,
quanto ao Nikolas, ele encontrou uma forma de burlar a prova e ser expulso
antes mesmo de entrar. Não me perguntem como. Traidor!
Fiquei decepcionada. Como iria suportar esse
inferno cheio de patricinhas e playboys? Passando um por cima do outro para ver
quem chamava mais atenção? Como sempre, Nik me fez uma promessa.
Eu vou
arranjar um jeito de tirar de lá. – seus olhos brilhando de excitação, ao
imaginar um plano infalível.
Fiz cara de corajosa e disse que queria ficar lá.
Reneé havia se sacrificado tanto por nós e era a hora de retribuir, afinal
nunca fui a princesinha da mamãe.
— Pela mamãe, Bella? — ele ergueu as sobrancelhas claríssimas.
— Não por mim... — eu disse, tentando por um fim ao assunto.
— Você sabe que aquele lugar não
tem nada a ver com você e eu sei que não quer ficar lá. Está explícito na sua
cara. — ele ergueu meu rosto com o polegar, me sondando com
aqueles olhos azuis desbotados.
— Vai cuidar da sua vida e me
deixa em paz! — tentei esconder o rubor, tendia
a ficar ruborizada quando me irritava.
— Como uma pessoa tão pequena pode
ser tão teimosa? — reclamou Nik.
— Vai à merda! — respondi gritando. Meu pavio sempre foi muito
curto, principalmente quando comentam sobre minha estatura — E olha aqui! Pequena é a sua... — ele ignorou meus xingamentos me dando as costas.
Apesar
de nossas brigas, eu e o Nikolas estávamos sempre em sintonia, éramos
inseparáveis; participávamos de uma banda – a “Twilight" – com nossos camaradas Ryan, Tyson e
Scoott e estávamos muito entusiasmados, porque as gravadoras começavam a
prestar atenção na nossa barulhada,
como Phil nomeava.
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Nik havia vindo ao meu auxílio me
livrando do período de Cálculo. Subi na garupa da moto, ainda com a cara
amarrada, em um beicinho que geralmente o desarmava. Quando avistei a fachada
do nosso apartamento pela viseira do capacete, Nik desacelerou e estacionou na
calçada.
Ele desceu e tirou meu capacete,
abaixando seu rosto até que ficasse no mesmo nível que o meu. Ele pegou meu
beicinho entre os dedos, arrancando um sorriso de mim. Depois me rodopiou no
ar, meus pés nem tocavam o chão.
— Duende, tenho uma notícia
maravilhosa!
— Duende é a sua vó! — minhas bochechas começaram a se tingir de
vermelho. – Tenho estatura mediana e não tenho culpa se você é uma anomalia
g...
— Você quer ouvir ou não!? Nossa
garota você tem um gênio. — reclamou. — Bom... Lembra daquele produtor que deixou o
contato com a gente? Ele me ligou e disse que hoje a noite vai ir ver a nossa
apresentação com o pessoal da gravadora... Não é demais?
Travei!
— Bella! Será que se eu te der um
tapa, você sente? — brincou.
— Meu Deus do Céu! A gente
conseguiu! É demais! — estava ficando histérica. Mal
conseguia respirar devido à euforia.
— Calma, Bellinha. Essa noite a
gente tem que estourar a boca do balão!
— Tenho uma idéia, que tal usarmos
aquela música que eu tava escrevendo? Decode.
— Com certeza! Essa noite é nossa.
Eu vou te deixar em casa e passo pra te buscar ás 16h pro ensaio.
— Vai sair com alguma tiete? –
mandei aquele olhar 171.
— Hey, você é muito nova pra saber
dessas coisas!
— Eu tenho 17 anos e não sou tão
boba assim – mostrei a língua, em uma atitude que colocava minha maturidade em
risco.
— Por quê? Tem alguém atrás de
você? Eu falei pro o Scott que você ia sair com ele só quando fizesse 30 anos.
— Prefiro não comentar – fiz minha
cara de cínica. Agora Nik quem ficou com o rosto rubro de irritação. Isso era
tão desfrutável.
— Bella?
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Depois
que ele saiu em arrancada com a moto, adentrei a entrada do edifício. Se hoje
morávamos na frente do Central Park, há algum tempo atrás era no Brooklyn. Eu
nunca liguei para essas coisas, mas sabia que faltava algo pra minha mãe, ela
nunca havia se apaixonado por ninguém depois de Charlie, meu pai. Quando ela
conheceu o Phil, tudo mudou, ela tinha um novo brilho.
Subi pelo elevador até 3º andar e abri a porta do
apartamento 35.
— Filhinha, é você?
Passei pela sala de estar, as estantes decoradas
com porta-retratos de nossas viagens pitorescas e exóticas, e outras que
acompanhavam meu crescimento juntamente com o de Nik. Então, um cheiro
apetitoso de biscoitos caseiros fez meu estômago roncar bruscamente.
De frente para o balcão de mármore estava uma mulher
absolutamente estonteante, era Renée, minha mãe.
Éramos
muito parecidas exceto pelo seu cabelo curto e olhos azuis cristalinos sendo os
meus castanhos – queria tanto ter herdado os seus olhos azuis. Já Nikolas tinha
os olhos de minha mãe, mas nem parecia da mesma família, era alto, louro e com
um sorriso – que eu chamo de “perdição feminina” – lindo, mas ele tinha o jeito
de Renée. Carinhoso, infantil e muitas vezes irresponsável, vai ver por isso
arrasava corações.
— Como foi a aula bebê? – minha mãe
perguntou com o mesmo sorriso do Nikolas.
— Insignificante de tão normal.
— Cadê o seu irmão? Achei que ele
iria te buscar ou ele foi pra escola?
– Até parece. Nikolas e a escola seguem direções
opostas; ele foi se enroscar com algum rabo de saia — deixei transparecer meus ciúmes. — Eu vou dormir um pouco, me chama quando o Nik
chegar.
— Meu amor, ás vezes acho que você
foi geneticamente programada pra comer e dormir. Peraí, não é hoje que é o
grande show?
— Você vai mamãe? — perguntei desconfiada sabendo que minha mãe não
gostava de música barulhenta.
— Claro que sim! Vocês são meus
filhos e o Phil adora uma bagunça.
— E eu aqui pensando que ele era
um nerd!
— Depois a mamãe vai ter arrumar,
quero você uma princesinha... Ué, cadê os biscoitos?
Fingi que não ouvi essa última parte, odiava quando
ela tentava me fazer parecer uma dessas patricinhas. Meu estilo é único.
Adentrei em meu quarto. As paredes eram pintadas em
um degrade de tons de roxo e lilás, com vários pôsteres pregados de minhas
bandas preferidas. Eu realmente não tinha a mínima vocação para lady, havia pilhas de roupas espalhadas
pelo chão, e minhas coleções de CD’s jogadas pela cama. Havia dias que eu não
dormia na cama, devido aos inúmeros trabalhos escolares.
Espalhados pela minha escrivaninha estavam meus
antigos LP’s, com a trilha de Highway to Hell de AC/DC fui tomar banho. Ao sair
do banheiro vesti meu pijama tradicional — uma camiseta de uma das minhas
bandas favoritas, Muse, e um samba-canção velho do Nik.
As notas da última faixa do
disco ainda pairavam pelas paredes do meu quarto. De repente os últimos acordes
da música que vinha compondo, batizada de Decode, surgiram claramente em minha
mente. Tamborinei os dedos no caderno conforme o ritmo criava vida.
Era até engraçado, para não
dizer misterioso, como surgiu a
inspiração para essa música em especial. Há dias venho tendo um mesmo sonho,
com um homem lindo — que só poderia existir ser fruto dos meus sonhos. Tinha a
pele branca, cabelos e olhos tão verdes — praticamente indescritíveis, nunca
havia visto tom semelhante —, um verdadeiro anjo.
Nos sonhos ele sempre me olhava
como se algo em mim, o agradasse. Às vezes parecia ter algo importante a dizer,
mas nada dizia, como se temesse minha reação. Aquelas órbitas de esmeralda me
hipnotizavam, e se ele me estendesse a mão, eu a pegaria sem o mínimo temor.
Dessa vez não conseguia definir
o lugar onde estava. Talvez uma sala, com as janelas e portas fechadas, pois me
encontrava no meio da penumbra. Então algo se moveu entre as sombras, me
obrigando a gritar, apavorada.
— Alguém, por favor, me ajude...
Nikolas, cadê você?
Finalmente a voz de Nik quebrou
a escuridão.
— Maninha, vem comigo... Eu te
tiro daqui!
No mesmo instante em que a mão
de Nik se fechou na minha, algo nos impeliu em direções opostas, tentei em vão
agarrá-lo, mas tudo que minhas mãos perseguiram foram o ar. Uma luz forte veio
em minha direção, me obrigando a proteger os olhos com os punhos... E
despenquei, caindo de uma altura de incontáveis andares.
E no meio de toda aquela
confusão sensorial, ele surgiu... Meu anjo com seus cabelos acobreados amparou
minha queda. E como mágica ele falou pela primeira vez, sussurrando no meu
ouvido:
— Agora você vai precisar ser forte, mas não se
preocupe estarei sempre aqui. — era a voz bonita que já ouvirá. Uma sinfonia
ignorada pelo homem.
Eu chorei, e o anjo chorou também.
N/A:
Como é bom estar de volta postando ODA. Notaram a repaginada? Cenas estendidas entre a Bella e o Nik *-*. Estar reescrevendo primeira fic, é um enorme aprendizado. Estou me esforçando bastante, e cheguei a cogitar a idéia de escrever de fazer uma versão original de ODA. O que acham?
[N/B]:
OMG!!!! Olha eu de novo aqui!!!! Nem acredito!!!!
Teve um
ponto positivo em ODA está sendo repostada, eu leio de novo, dou ataque de
pelanca de novo, tudo de novo e de novo...
Tá parei
com o surto, mas é inevitável não dar piti, eu amo ODA e ser beta dela é
tudo...
Obrigada
pela confiança Fê, te amo demais e nossa parceria vai render altos papos e muitos
sucessos.
Bom vamos
ao capítulo...
Cheio de
dicas nas entre linhas, por isso fiquem atentas!
Pontos
altos do capítulo...
Nik é
TUDÃO, comofaz pra ter um desses? *olhos pidões* A Autora brilhante sempre
consegue se superar nos detalhes!
Outro
ponto... O anjo de cabelos cor de bronze e olhos dourados. Aiai digo nada!
Bora á
frente galera... Essa Bella fora dos padrões é o diferencial que as fics
perfeitas tem, por isso ODA é classificada como perfeita! *pronto falei*
Vou indo
meninas e não esqueçam de comentar, indicar e recomendar.
Anjo
obrigada mais uma vez e nos vemos no próximo capítulo.
Beijos,
Gel Borges =D
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirNikkkkkkkkkkkkkkkkk aaainn ♥♥♥♥♥
Omg ele é lindo. Lá vai eu me emocionar de novo e de novo com ODA!
;/
Culpa sua Dona Fernanda.
kkkkkkkkkkkkkk
Ameiiiiii amore como sempre maravilhosa!!
Amo demais essa fic!!
♥♥
Beta também comenta!
ResponderExcluirCapítulo Perfeito!!!!
Nik é um Tudão, mas o Scott chegará na parada! *amo ele também* Volúvel eu? E quem não seria com tantos bofes desses a nossa disposição?
Anjo vc abala as estruturas da literatura!
AMO-T ♥♥♥♥♥♥♥
Beijos, Dinda =D